Alagoas

Exclusivo TNH1: 'Pensei que era trote', diz irmã de modelo alagoana morta nos EUA

Eberth Lins | 16/03/23 - 12h00
Gleise Graciela era modelo e tinha 30 anos | Foto: Cortesia / Arquivo pessoal

"A gente quer saber o que realmente aconteceu e se houver algum culpado, que pague por esse mal que fez a minha irmã e pelo sofrimento que estamos passando". Essa fala é de Cleane Ferreira, irmã de Gleise Graciela Firmiano, a modelo alagoana de 30 anos, que foi morta a tiros pela polícia americana, na Califórnia, no último dia 30 de janeiro.

Inconformada com a pouca informação sobre a morte da irmã, Cleane quer acesso às imagens de câmeras de monitoramento da localidade onde Gleise foi morta, nos Estados Unidos, para ajudar a entender a situação. "Nós soubemos que policiais americanos trabalham com câmeras acopladas ao fardamento, então nós queremos imagens dessa situação e da hora que ela foi morta", disse em entrevista exclusiva ao TNH1, nesta quinta-feira, 16.

A versão dada à família é que a modelo foi morta por um policial ao ser vista armada, em uma rua, depois de uma discussão com o namorado. Gleice teria deixado a residência onde vivia enfurecida, o que teria preocupado o companheiro que acionou a polícia. Na abordagem policial, a alagoana teria feito um movimento com a mão como se fosse pegar a arma e a polícia reagiu, o que resultou na morte da mulher.

Gleise morava há oito anos nos Estados Unidos
Gleise morava há oito anos nos Estados Unidos (Foto: Cortesia / Arquivo pessoal )
Alagoana trabalhava como modelo, segundo a família
Alagoana trabalhava como modelo, segundo a família (Foto: Cortesia / Arquivo pessoal )
Gleise planejava voltar a morar em Alagoas e abrir uma agência de modelos
Gleise planejava voltar a morar em Alagoas e abrir uma agência de modelos (Foto: Cortesia / Arquivo pessoal )
Morte da modelo ainda carece de esclarecimentos
Morte da modelo ainda carece de esclarecimentos (Foto: Cortesia / Arquivo pessoal )

Cleane Ferreira conta que só soube da morte da irmã 10 dias após o ocorrido, por meio de uma ligação do Consulado Brasileiro. "De imediato achei que se tratava de trote, de um golpe. Não acreditei, mesmo com a ligação da polícia. Mas os dias foram passando e perdemos o contato com ela e ninguém pediu nada, foi quando comecei a entender que de fato a gente tinha perdido minha irmã", relembra.

A modelo é natural de Penedo, mas deve ser sepultada em Porto Real do Colégio, município alagoano que fica na divisa do Estado com Sergipe, onde a família reside atualmente num povoado conhecido como Lagoa de Cima. 

Nessa quarta (15), o governo de Alagoas informou que estava em contato com o Itamaraty para tentar o traslado do corpo da modelo. "Tenho certeza de que agora a gente vai conseguir fazer um sepultamento justo pra ela", diz a irmã esperançosa pela última despedida. Gleise planejava voltar a morar em Alagoas e abrir uma agência de modelos.