Falsa bomba encontrada em caminhão que bloqueou Rodoanel foi feita com tubos de papelão e fios

Publicado em 12/11/2025, às 14h50
Artefato caseiro encontrado dentro da cabine da carreta - Reprodução / TV Globo
Artefato caseiro encontrado dentro da cabine da carreta - Reprodução / TV Globo

Por Paulo Eduardo Dias / Folhapress

O falso artefato explosivo que estava na carreta que bloqueou as pistas do Rodoanel Mário Covas foi feito com tubos de papelão e fios, de acordo com a Polícia Militar. A via ficou fechada das 5h às 10h10 desta quarta (12) na altura do km 44, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo.

O simulacro de bomba foi retirado do caminhão por policiais militares do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais). Não houve a necessidade de detonação. O material foi apreendido e deve ser enviado para perícia.

O motorista do caminhão passou mais de 4 horas com as mãos amarradas e com a falsa bomba ao lado, no banco do passageiro. Ele foi resgatado às 9h15 e atendido por socorristas da SPMar, concessionária que administra o Rodoanel.

A Polícia Civil analisa imagens de câmeras de segurança para tentar esclarecer o ocorrido e identificar os envolvidos.

Em um primeiro contato, o homem relatou para funcionários da concessionária que administra a rodovia que havia sido sequestrado e que os criminosos haviam colocado explosivos na carreta.

A ocorrência contou com o apoio do helicóptero Águia e um drone.

Um policial do Gate, usando roupas especiais para protegê-lo de explosão, aproximou-se da carreta às 9h15, conversou com o motorista e o retirou do veículo. Bastante nervoso, o condutor desmaiou e foi carregado por PMs até uma maca, onde foi atendido por médicos da concessionária.

O condutor foi encaminhado ao Hospital Geral de Itapecerica da Serra. Segundo a polícia, ele está bastante abalado e ainda não consegue descrever como se deu a abordagem dos criminosos.

O caminhão, que estava vazio, foi colocado no acostamento da via. A polícia apura se houve um possível roubo de carga antes do ocorrido.

Segundo a concessionária, a carreta saiu do estado do Acre com destino a São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. O vidro dianteiro do caminhão tinha marcas de estilhaços.
A carreta pertence à empresa Sitrex, especializada no transporte rodoviário internacional. A companhia foi procurada, mas não respondeu até a publicação deste texto.

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