Família da adolescente Ana Beatriz revela descoberta de prints em pasta trancada no Google

Publicado em 11/09/2025, às 17h49
A adolescente Ana Beatriz Moura - Reprodução
A adolescente Ana Beatriz Moura - Reprodução

Por TNH1 com TV Pajuçara

A família da adolescente Ana Beatriz Moura, 15, encontrada morta no dia 3 de maio deste ano, em Guaxuma, no Litoral Norte de Maceió, participou nesta quinta-feira, 11, da primeira audiência de instrução com o Poder Judiciário. À TV Pajuçara, Jacielle Moura, prima de Ana Beatriz, revelou que a família descobriu uma pasta trancada no Google, que era mantida pela jovem.

A adolescente foi vista pela última vez no dia 8 de abril, após deixar o Instituto Federal de Alagoas (Ifal), em Maceió. Desde então, a Polícia Civil iniciou uma investigação que levou à prisão de um suspeito e à descoberta do corpo, que posteriormente foi identificado, por meio de exame de DNA, que era de Ana Beatriz Moura.

A Polícia Civil apurou na ocasião que a vítima saiu do Ifal por volta do meio-dia, através de um mototaxista por aplicativo, com destino ao bairro Garça Torta para se encontrar com o suspeito do crime, com quem mantinha um relacionamento extraconjugal. O homem é casado e pai de três filhos. Ele é o suspeito de cometer o crime e está preso desde então.

"Anteriormente, tínhamos questionado com vocês (imprensa) a questão da esposa. A gente tinha falado várias vezes que não podia ainda expor se havia alguma ameaça. Inclusive, em uma das coletivas, foi dito pela própria polícia que não havia ameaças da parte da esposa. E agora podemos, sim, falar, já que foi dito lá dentro, que encontramos, sim, ameaças da esposa. Prints (captura de tela). A Bia tinha deixado várias coisas em uma pasta trancada do Google, fotos com vários prints", afirmou Jacielle Moura.

"Acredito que não tenha sido nada espontânea essa relação deles, porque tinham uns prints onde a Bia mostrava a localização em tempo real para ele. Outro em que tinha um nome 'amor'. Outro já aparecia o número do preso. E outro onde tinha um número 'Joseph'. O que não seria normal, porque se fosse algo espontâneo, ela não iria tirar três prints e deixar em uma pasta trancada", acrescentou.

A adolescente foi vista pela última vez no dia 8 de abril, após deixar o Instituto Federal de Alagoas (Ifal), em Maceió. Desde então, a Polícia Civil iniciou uma investigação que levou à prisão de um suspeito e à descoberta do corpo, que posteriormente foi identificado, por meio de exame de DNA, que era de Ana Beatriz Moura.

"O que foi encontrado também por mim e pela Camile foi um print, onde a esposa ameaçava a Bia. Ela era bloqueada, mas lá mostrava-se o nome dela em alguns números lá, falando: "Você sabe, sim, o que você merece". Com ciúmes do esposo", detalhou Jacielle.

Questionada na época se a mulher do suspeito preso poderia ter participado do crime, a delegada Talita Aquino informou que, à princípio, ela não teria envolvimento.

"É natural que caso ela [esposa do suspeito] realmente já soubesse desse relacionamento entre os dois, que houvesse algum tipo de rusga entre ela e Ana Beatriz. Mas não temos elementos que comprovem a participação dela no crime. Então no momento ela não é suspeita", disse a delegada na ocasião.

Jacielle também levantou novamente a suspeita de que mais de uma pessoa tenha participado da morte de Ana Beatriz. O corpo da garota estava em um local de difícil acesso, tamponado por cimento. Segundo a delegada informou na época, a tampa da fossa era bem pesada e foi removida pelo Corpo de Bombeiros. O local estava camuflado com folhagens e terra, o que dificultou a identificação do esconderijo.

"Sim. Espero que não só a dele, mas da esposa também. Não acho normal uma pessoa não ser apontada como suspeita, não ter nada contra ela, sendo que havia ameaças. E mais uma vez questionamos aqui: tinham mais pessoas. Ele não faria isso sozinho. A Bia tinha um corpo avantajado, foi dito pela nossa advogada também. A Bia reagiu a um assalto. A Bia conseguiria muito bem se defender dele. A Bia era alta, era fortinha, tinha conhecimento de defesa. Ela reagiu a um assalto. Como que ele, magro daquele jeito e não tão alto, conseguiria fazer algo sozinho com ela? Ainda mais da maneira que ela foi encontrada, que tive conhecimento, amarrada. Como ele faria isso sozinho? Ele não conseguiria", observou Jacielle.

Ela levantou ainda suspeita sobre uma ligação que teria sido feita pelo suspeito preso para um outro homem.

"Mais uma vez estamos questionando sobre uma ligação que foi feita para um rapaz em um povoado onde o preso morava. Quem é esse rapaz? Realmente não tinha nenhuma ligação com o preso? Certeza? Mais uma vez falamos: não acreditamos que ele fez sozinho. Acreditamos, sim, que tem mais pessoas envolvidas", finalizou Jacielle Moura, prima de Ana Beatriz.

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