A família do alagoano Ricardo Henrique Oliveira dos Santos, de 25 anos, fez um apelo para a arrecadação de uma quantia financeira para pagar o traslado do corpo do jovem, morto a tiros enquanto trabalhava em uma obra na cidade de Londrina, no interior do Paraná. A família, que reside em Lagoa da Canoa, no Agreste de Alagoas, alegou que não tem condições financeiras para arcar com os custos da viagem.
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A irmã de Ricardo Henrique, Rikely Silva, revelou que iniciou uma vaquinha solidária, mas o total das doações ainda não chegou perto do valor do traslado: aproximadamente R$ 9,5 mil. Ela destacou que a família pretende realizar o velório e o sepultamento do alagoano na cidade natal dele, como uma última homenagem.
"A gente já fez campanha, fez de tudo, mas até agora nada. É muito correria para conseguir", descreveu em entrevista à RIC TV, emissora afiliada da Record no Paraná.
Rikely contou que Ricardo se mudou para o Paraná no ano de 2020 para trabalhar como pedreiro. Ele tinha o sonho de voltar para Alagoas para construir uma casa, como relatou a ela em áudio, antes de ser assassinado. "Eu vou trabalhar, juntar um dinheiro para ir para Alagoas. Vou passar um tempo no Paraná e voltar para construir minha casinha, se Deus quiser", registrou a mensagem de voz.
"Eu estava em casa com minha mãe, e o irmão mais novo me chamou. Ele disse: "acho que está acontecendo algo com o Ricardo no local onde está, pois já me ligaram várias vezes". Aí ficamos preocupados e tentamos ligar para ele, mas não atendia. Fiquei nervosa. Aí depois vimos a mensagem no celular de que ele tinha morrido", disse a irmã do jovem que trabalhava fazendo bicos no interior paranaense.
O corpo continua no Instituto Médico Legal do município onde ocorreu o crime. Ricardo deixou dois filhos, de 3 e 6 anos de idade.
Quem tiver o interesse em ajudar a família a custear o traslado do corpo pode fazer uma transferência de qualquer valor de dinheiro via Pix, através da chave CPF: 153.856.324-06 (Bruno Henrique Silva dos Santos).
Investigação
Matheus Cerdeira e Thalita Cristina de Campos, um casal, são os principais suspeitos do crime contra Ricardo. O homem seria o atirador e a esposa teria ajudado na fuga. A motivação é investigada.
"Ao que parece, o Matheus se valia da conta corrente da vítima para fazer transações financeiras, até de duvidosa legalidade. Por algum motivo, a vítima impediu o acesso a esses valores creditados na conta. A discussão estava sendo travada há um tempo, e como não houve devolução do valor, o Matheus efetuou três a quatro disparos iniciais de pistola de calibre 9 milímetros", disse o delegado Miguel Chibani à RIC TV.
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