Filha única e sonho em ser professora de Matemática: tias falam sobre adolescente morta por serial killer

Publicado em 31/07/2025, às 11h22
Acusado do assassinato da adolescente está sendo julgado, nesta quinta - Foto: João Victor Souza/TNH1
Acusado do assassinato da adolescente está sendo julgado, nesta quinta - Foto: João Victor Souza/TNH1

Por João Victor Souza e Eberth Lins

"Ela era uma menina estudiosa, muito alegre, gostava de fazer vídeos e dançar com as amiguinhas. Era bem ativa, carinhosa. Uma menina linda". Esses são alguns dos adjetivos atribuídos à adolescente Ana Clara Santos Lima, morta aos 13 anos, no bairro do Vergel do Lago.
O TNH1 está acompanhando o julgamento do caso nesta quinta-feira (31), no Fórum do Barro Duro, que tem como réu o ex-carcereiro Albino dos Santos, de 42 anos, conhecido como o Serial Killer de Maceió. Os familiares da menina falaram sobre o perfil dela. "Sempre estava ajudando a mãe dela, ela era filha única da minha irmã. Amava a gatinha dela, amava animais. Era só uma menina, gente. E de repente chega uma pessoa louca, o capeta, né, porque não sei de onde saiu esse ser humano, para tirar nossa menina da gente", lembra uma tia da adolescente, ao lamentar a partida precoce.
Outra tia de Ana Clara contou que, até então, a família desconhecia a existência de Albino dos Santos. "A gente veio saber da existência dele depois de um vídeo que saiu, depois que ele assassinou a Ana Beatriz, que foi divulgado na TV. E que a gente achou que ele poderia ter sido o assassino dela [Ana Clara] também por conta das características [da vítima e do crime]".
Emocionada, a mulher chorou ao pensar no sofrimento enfrentado pela sobrinha no dia em que foi assassinada, em agosto de 2024. "É muita crueldade, né? Imagina a situação da criança tentando se esconder de um cara que ela não sabia nem que era, para matar ela do nada. Os últimos segundos de vida da nossa menina foi pedindo socorro, foi tentando não morrer, tentando fugir. E ele perseguiu uma menina de 13 anos, minha gente, 13 anos, inocente, e tirou a vida dela", lamentou.
Familiares de Ana Clara acompanham atentamente o julgamento, nesta quinta
Familiares de Ana Clara acompanham atentamente o julgamento, nesta quinta
Ana Clara era filha única por parte de mãe e tinha um irmão por parte de pai. Segundo a família, ela sonhava em ser professora de Matemática. "Ela falava que queria ser professora de Matemática, dizia que estava gostando muito [da disciplina] e eu incentivava dizendo que tinha as Olimpíadas de Matemática e que ela poderia participar", concluiu a familiar. 
Este é o terceiro julgamento do serial killer, que é acusado de 18 assassinatos e outras duas tentativas de homicídio na capital alagoana.
Anteriormente, Albino já foi condenado a mais de 37 anos de prisão pela morte do barbeiro Emerson Wagner da Silva, e a mais de 24 anos pelo assassinato da mulher trans Louise Gbyson Vieira de Melo.

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