Uma nova pesquisa sugere que o esqueleto conhecido como 'Little Foot' pode pertencer a uma nova espécie de ancestral humano, desafiando classificações anteriores que o associavam a Australopithecus prometheus ou Australopithecus africanus.
Descoberto na África do Sul em 1994, o esqueleto é considerado um dos mais completos já encontrados e apresenta características que não se encaixam em nenhuma das espécies previamente identificadas.
Pesquisadores da Universidade de La Trobe e de Cambridge destacam a importância do fóssil para a compreensão da evolução humana, embora ainda não se saiba exatamente onde ele se posiciona na árvore genealógica dos hominídeos.
De acordo com uma nova pesquisa, o esqueleto StW 53, conhecido como “Little Foot”, reconhecido como o espécime mais completo já encontrado, pode ser de uma nova espécie de ancestral humano.
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“Little Foot” foi revelado publicamente em 2017, mas a descoberta dos primeiros ossos, que vieram de seus pés, começou em 1994, na África do Sul, no sistema de cavernas de Sterkfontein.
Inicialmente, o indivíduo foi identificado como pertencente aos Australopithecus prometheus — espécie de bípedes que teria vivido entre três milhões e um milhão e novecentos mil anos atrás — pelo homem que o descobriu, Ronald Clarke. Mas tão cedo ele decidiu por essa classificação, outros pesquisadores afirmaram se tratar de um espécime de outra espécie, conhecida como Australopithecus africanus, que habitava a mesma área na África do Sul.
No entanto, uma nova pesquisa diz que ambos os lados erraram.
Pesquisadores da Universidade de La Trobe, na Austrália, e Cambridge, na Inglaterra, anunciaram nesta segunda-feira, 15, que muito provavelmente o esqueleto é de uma nova espécie não documentada de ancestral humano.
Jesse Martin, cientista responsável pela pesquisa, afirma que Little Foot não possui diversas características únicas de nenhuma das duas espécies.
Embora ainda não esteja claro onde ele se encaixaria na história da evolução humana, Martin confirma relevância do esqueleto: “Esse fóssil continua sendo uma das descobertas mais importantes dos registros de hominídeos e a descoberta de sua identidade uma das chaves para entendermos nosso passado evolutivo”.
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