Os Estados Unidos da América vivem dias de tensão com a expectativa de destruição em massa causada pelo furacão Irma, que se encaminha para o estado da Flórida, na região Sudeste do país. A ordem já foi dada: moradores devem deixar suas casas para evitar mortes.
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Segundo eles, o cenário na Flórida era similar a um filme pós-apocalíptico. Filas quilométricas foram formadas, e busca era principalmente por água e geradores. Muitos nem mesmo sabem se familiares e amigos conseguiram deixar o local, e a expectativa aumenta com a aproximação do furacão, que tem deixado um rastro de destruição.
Confira a entrevista exclusiva concedida ao TNH1:
Como as pessoas estão reagindo?
Em desespero geral! A previsão é de uma grande catástrofe no Sul da Flórida! As estradas estão lotadas de famílias deixando suas casas e cidades.
O que o governo tem aconselhado a fazer?
Evacuar várias áreas. Nos disseram: "Podemos reconstruir sua casa, mas não podemos reconstruir sua vida".
Voltar para o Brasil é uma opção?
Vamos aguardar para ver as reais consequências para tomar qualquer decisão.

Estradas ficaram lotadas (Foto: Monique Casado/Acervo pessoal)
Quem for ficar em Miami deve tomar alguma providência?
Ficar em Miami é um grande perigo, mas muitas pessoas não conseguiram sair. Falta combustível nas estradas, estão acontecendo acidentes, além de muito trânsito.
Você e sua família tomaram alguma medida protetiva?
Nossa medida foi sair o mais rápido possível! Na terça-feira, quando os alertas começaram, saímos para comprar suprimentos: água, comidas enlatadas, lanternas, pilhas, geradores... Quando chegamos ao supermercado, já tinha uma fila dando volta no quarteirão, e já estavam anunciando que água e geradores tinham acabado. Somos uma família grande, eu, meus esposo e quatro filhos, incluindo um bebê de 6 meses, não podíamos arriscar ficar sem suprimentos. Então decidimos partir, pegamos as crianças, documentos, cada um fez uma mochila de roupas, fechamos as janelas com as proteções anti-furacão, e pegamos estrada em direção a Georgia. Ficamos em Atlanta de quarta-feira até hoje (sexta-feira, 08), quando recebemos a notícia que também estava na rota do Irma. Partimos novamente, agora para o Alabama. É muita tensão, estamos preocupados com os amigos que ficaram, e não sabemos se na próxima semana ainda teremos casa.

Em destaque, área que deve ser afetada (Foto: Reprodução)
* Estagiário sob a supervisão da editoria
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