Golpe do camarão: líder de esquema que prometia lucros milionários com frutos do mar é preso em Coruripe

Publicado em 03/09/2025, às 12h32
Operação Frutos do Mar da PCAL desarticula organização criminosa que aplicava golpes em Alagoas e em Pernambuco - Foto: Reprodução
Operação Frutos do Mar da PCAL desarticula organização criminosa que aplicava golpes em Alagoas e em Pernambuco - Foto: Reprodução

por Eberth Lins

Publicado em 03/09/2025, às 12h32

A Polícia Civil de Alagoas divulgou nesta quarta-feira (03) a deflagração da Operação Frutos do Mar, que investiga um esquema de estelionato milionário envolvendo falsas promessas de lucro em investimentos no comércio de camarões. A ação, que ocorreu nessa terça (02), resultou na prisão do suposto líder da organização criminosa, em Coruripe, no Litoral Sul do estado.

Segundo as investigações conduzidas pela Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), o grupo se apresentava como um negócio legítimo de venda de frutos do mar, mas operava um esquema fraudulento que atraiu dezenas de vítimas, principalmente em Alagoas e Pernambuco.

Os golpistas prometiam altos rendimentos em curto prazo, principalmente com camarões.  Uma das vítimas chegou a investir cerca de R$ 4 milhões com a expectativa de receber R$ 6 milhões, valor que nunca foi pago, informou a PC de Alagoas. Para manter os investidores sob controle, o grupo emitia cheques pré-datados, todos sem fundos.

A organização criminosa atuava no comércio de frutos do mar, principalmente camarões, e atraía investidores com promessas de altos lucros.
A organização criminosa atuava no comércio de frutos do mar, principalmente camarões, e atraía investidores com promessas de altos lucros.

Ao todo, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em Maceió, Marechal Deodoro, Arapiraca, Coruripe e em cidades de Pernambuco. Durante a operação, veículos foram apreendidos, e a polícia solicitou o bloqueio de contas bancárias ligadas aos suspeitos. O número de investigados já chega a oito pessoas.

Conforme a PC, apesar de movimentar de fato a venda de frutos do mar, o grupo utilizava os aportes das vítimas para alimentar o próprio esquema e lavar dinheiro, segundo os investigadores. As investigações continuam sob o comando do delegado José Carlos.

A ação contou com apoio da Polícia Civil de Pernambuco, da Polícia Militar de Alagoas e da Inteligência da Secretaria de Segurança Pública.

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