Grupo hacker ‘rouba’ catálogo do Spotify e disponibiliza para download gratuito na internet

Publicado em 22/12/2025, às 21h08
Foto: Divulgação
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Por Extra Online

O grupo Anna’s Archive anunciou a extração de 256 milhões de músicas do Spotify, utilizando um método de scraping, o que representa um grande avanço na preservação de dados musicais. O Spotify confirmou o vazamento, mas não confirmou a quantidade exata de dados acessados.

A extração resultou em 300 terabytes de informações, com a equipe do Anna’s afirmando que, embora apenas 37% das músicas disponíveis tenham sido pirateadas, elas representam 99,6% das mais tocadas na plataforma. Isso levanta questões sobre a acessibilidade e a preservação da cultura musical.

O Spotify está investigando o acesso não autorizado e as táticas utilizadas para burlar suas defesas. Enquanto isso, o Anna’s Archive já começou a analisar os dados, incluindo informações sobre a duração das músicas e suas classificações de conteúdo.

Resumo gerado por IA

O grupo Anna’s Archive anunciou no último sábado, dia 20, ter conseguido baixar todo o catálogo do Spotify, num total de 256 milhões de músicas — em diferentes versões — e mais 186 milhões em metadados no que o grupo chama de “o primeiro ‘arquivo de preservação’ para música totalmente aberto”. A extração foi confirmada pelo Spotify.

Utilizando um método chamado de scraping, que se baseia no uso de bots e scripts para obter dados de websites em larga escala, o grupo conseguiu obter 300 terabytes dos servidores da plataforma de streaming.

Em comparação, seriam precisos 2500 telefones comuns — com cerca de 128 gigabytes - para baixar todos os dados.

No blog oficial do grupo, conhecido por fazer esse mesmo hacktivismo de preservação com livros e artigos científicos, a equipe defendeu estar preservando “o conhecimento e a cultura humana”.

De acordo com eles, as músicas pirateadas, embora apenas 37% das disponíveis, representam 99,6% das tocadas na plataforma.

Em depoimento ao site Android Authority, o Spotify confirmou o vazamento dos arquivos, não informando se a quantidade publicada pelo Anna’s é real: “Uma investigação sobre uma acesso não autorizado identificou que um terceiro fez scraping de dados públicos e usou táticas ilícitas para burlar as defesas e acessar alguns dos arquivos de música da nossa plataforma”, disse a empresa.

Em posse dos dados, o Anna’s ainda aproveitou para fazer análises, como duração média das músicas, quantas são explícitas e quantas são “limpas”, além de descobrir o tempo de duração das músicas mais longas: quase mil canções ultrapassam as 5 horas.

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