O relatório da Megaoperação Contenção do MPRJ revela a estrutura hierárquica do Comando Vermelho, que opera como uma organização criminosa com funções definidas e regras internas, garantindo a continuidade de suas atividades mesmo com a prisão de líderes.
A facção possui sete níveis de comando, incluindo chefes de guerra e gerentes de área, e mantém um sistema de gestão que assegura a arrecadação e o controle territorial, funcionando como uma empresa criminosa.
Entre os líderes destacados estão Edgar Alves de Andrade, responsável por invasões e finanças, e Carlos da Costa Neves, que elabora estratégias contra a polícia, evidenciando a complexidade e a resiliência do Comando Vermelho no estado.
Relatório da Megaoperação Contenção, do MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), detalha a estrutura do Comando Vermelho, com funções definidas, regras internas e substituição imediata de líderes presos.
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Hierarquia da facção segundo o MP
Organograma do CV revela divisão de tarefas e cadeia de comando. De acordo com a denúncia, o Comando Vermelho atua como uma "empresa criminosa", com contabilidade própria, metas de arrecadação e relatórios diários enviados à cúpula sediada no Complexo da Penha. A estrutura identificada pelo MPRJ tem sete níveis principais de comando.
Os sete níveis da hierarquia do Comando Vermelho são:
Estrutura funciona como um sistema de gestão criminosa. O MPRJ afirma que o CV mantém um modelo de controle que prevê substituição funcional imediata em caso de prisões, garantindo continuidade das operações e arrecadação.
O topo da hierarquia
Processo cita Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca ou Urso, como principal liderança do CV na Penha. Ele é apontado como responsável por determinar invasões de territórios e comandar as finanças da facção, com 26 mandados de prisão pendentes.
Carlos da Costa Neves, o Gadernal, identificado como "general do Complexo da Penha", é o chefe da segurança de Doca. Segundo o MP, ele definia estratégias de guerra e táticas contra forças policiais.
Washington César Braga da Silva, o Grandão ou Síndico da Penha, é apontado como responsável pela comunicação e logística sob controle direto da cúpula. Documento cita que ele seria o coordenador de grupos de mensagens usados pela facção e por organizar plantões, bailes e pagamentos de propina.
Também citado está Juan Breno, o BMW, líder da chamada "Equipe Sombra", grupo subordinado à cúpula que invadia territórios na zona sudoeste. A equipe de invasão atuava sob ordens do alto comando.
MP classifica o Comando Vermelho como organização com gestão empresarial. O Gaeco/RJ descreve o funcionamento da facção como um sistema estruturado, com planejamento, divisão de lucros e hierarquia que se mantém mesmo após prisões, evidenciando a complexidade e o alcance do grupo no estado.
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