Homem é preso com cartões bancários de policial civil assassinado com mais de 40 tiros

A Polícia Civil prendeu, nesta quinta-feira (24), um homem que estava com dois cartões bancários do policial civil Marcelo Gonçalves Cassola, de 49 anos, fuzilado em Santos, na noite de segunda-feira (22), com mais de 40 tiros. A possibilidade de ligação dele com a execução ainda está sendo apurada.

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A prisão foi confirmada pelo delegado Thiago Nemi Bonametti, da 3º Delegacia de Investigações Sobre Homicídios, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de Santos. A idade do suspeito e o local da prisão não foram revelados.

"Após ele (o policial) ser morto, foram utilizados os cartões dele, e esse indivíduo foi preso por esse fato patrimonial. Estamos coletando (imagens de segurança), a gente está fazendo o trajeto do policial. A gente já sabe mais ou menos o que aconteceu, mas não podemos dar muitos detalhes sobre isso ainda", disse o delegado, durante entrevista coletiva.

A delegacia especializada ainda está identificando possíveis suspeitos de participarem da morte de Marcelo, que era chefe dos papiloscopistas (profissionais que colhem impressões digitais) no Palácio da Polícia de Santos. Ele também era diretor do Sindicato dos Funcionários da Polícia Civil de Santos e Região (Sinpolsan).

O delegado disse ainda que, por enquanto, esse caso e as demais mortes que ocorreram na Baixada Santista desde julho seguem sendo investigados como homicídio, não havendo comprovação de latrocínio (roubo seguido de morte).

"Vamos manter em sigilo todos os detalhes da investigação, principalmente quem é essa pessoa (presa com cartões), o que aconteceu. A gente está apurando justamente a ligação dela com o que pode ter ocorrido. Qualquer dado que a gente revelar pode acabar prejudicando (as investigações), pode levar à identificação dela e até colocar em risco a vida dessa pessoa", ressaltou.

Relembre o caso

O corpo de Marcelo Cassola foi encontrado na Avenida Francisco Ferreira Canto, na Caneleira, em Santos, por volta das 21h30 de segunda-feira (22). Uma corda e estojos de munições deflagradas foram encontrados no local do crime.

A identidade foi confirmada pelo Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt (IIRGD). Extraoficialmente, há a informação de que Cassola teria sido morto com mais de 40 tiros entre pistola e fuzil.