Homem mata mulher trans, leva corpo à delegacia e é liberado

Publicado em 09/12/2025, às 14h39
Foto: Reprodução/Redes Sociais
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Por Estado de Minas

Uma mulher trans de 18 anos foi morta em Luís Eduardo Magalhães (BA) após um desentendimento com um homem de 19 anos durante um encontro, resultando em estrangulamento. O suspeito confessou o crime na delegacia, mas foi liberado em seguida, alegando legítima defesa.

O incidente ocorreu após uma discussão em que a vítima teria ameaçado o agressor, levando a uma luta corporal que culminou em sua morte. A Polícia Civil está investigando o caso e coletando depoimentos para esclarecer os fatos.

Apesar da confissão, o homem não foi preso em flagrante devido à sua apresentação espontânea à polícia. A investigação continua com perícias solicitadas para determinar as circunstâncias exatas do crime.

Resumo gerado por IA

Uma mulher trans de 18 anos morreu após receber um golpe de "mata-leão" de um homem com quem tinha saído no sábado (6/12), na cidade de Luís Eduardo Magalhães (BA). O homem de 19 anos levou o corpo da jovem até uma delegacia, onde confessou o crime, mas foi liberado em seguida.  

Rhianna Alves e o suspeito estavam dentro do carro dele quando o crime ocorreu. Ela e o homem, que não teve a identidade revelada, estavam em um encontro e saíram de Barreiras em direção a Luís Eduardo Magalhães.

Por volta das 23h30, os dois tiveram um desentendimento. Segundo a Polícia Civil, durante a discussão, Rhianna teria feito ameaças ao homem e disse que iria acusá-lo de estupro. A investigação, no entanto, não informou o que teria iniciado a briga.

A dupla teria entrado em luta corporal. De acordo com o boletim de ocorrência, o agressor colocou o cotovelo no pescoço da vítima e, em seguida, ainda aplicou um golpe de mata-leão. A mulher não resistiu e morreu estrangulada dentro do carro do suspeito.

Logo depois, o criminoso foi até uma delegacia do município e mostrou o corpo para os agentes de plantão. Ele confessou o crime, apresentou uma versão sobre a briga e alegou ter agido em legítima defesa. Em um segundo interrogatório, ele apareceu acompanhado de sua advogada e admitiu, mais uma vez, ter matado a mulher.

Ele foi liberado após dar depoimento e responde em liberdade por homicídio consumado. Em nota, a Polícia Civil informou que ele foi ouvido e dispensado por ter se apresentado espontaneamente e confessado o crime -o que teria descaracterizado a prisão em flagrante.

O caso continua a ser investigado. A corporação disse ainda que perícias foram solicitadas e depoimentos serão coletados para esclarecer os fatos. 

Nas redes sociais, Rhianna se apresentava como blogueira e fazia divulgação de roupas para lojas.

Em caso de violência, denuncie

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.

Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 -Central de Atendimento à Mulher- e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

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