Vítima relata prejuízos e traumas causados por mãe e filha golpistas de imóveis em Maceió

Publicado em 23/07/2025, às 09h30
Vítima gravou com a TV Pajuçara, mas não quis ser identificada por medo - Foto: Reprodução / TV Pajuçara
Vítima gravou com a TV Pajuçara, mas não quis ser identificada por medo - Foto: Reprodução / TV Pajuçara

por Eberth Lins

Publicado em 23/07/2025, às 09h30

Após a prisão de duas mulheres, mãe e filha, suspeitas de aplicar uma série de golpes com imóveis em Maceió, uma vítima convesou com a TV Pajuçara/RECORD e relatou o prejuízo causado pelo esquema fraudulento.

O caso, que veio à tona nessa terça-feira (22), tem revelado histórias de perda, frustração e medo. O homem, alvo das golpistas, por medo preferiu não se identificar, mas contou que perdeu  praticamente todos os bens do apartamento que estava negociando. Ele disse que conheceu as mulheres por meio de um anúncio na internet, quando elas demonstraram interesse imediato, fizeram uma proposta e deram R$ 30 mil como sinal para fechar o negócio.

“Elas chegaram, gostaram do apartamento, disseram que era exatamente o que queriam. Combinamos um pagamento parcelado, com o restante em 90 dias. O prazo acabou, elas não me pagaram e começaram as cobranças, foi quando um morador aqui do condomínio me informou que elas estavam tirando as minhas coisas do apartamento", disse a vítima em entrevista ao repórter Allan Garcia.

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O caso se agravou quando outra mulher procurou a Central de Flagrantes, no Tabuleiro do Martins, parte alta de Maceió, afirmando ter pago R$ 50 mil de entrada pelo mesmo apartamento. Segundo ela, as suspeitas teriam prometido financiar o restante do valor, vendendo o imóvel como se fossem as proprietárias legítimas.

"Lá na Central de Flagrantes chegou uma mulher dizendo que elas já tinham vendido o imóvel para ela, inclusive ela disse que deu R$ 50 mil de entrada e que elas iam financiar o resto", contou o verdadeiro proprietário.

Segundo o delegado Dalberth Pinheiro, responsável pelo caso, a Polícia Civil já ouviu nove pessoas e reuniu vasta documentação. “O inquérito está para ser concluído para que seja remetido ao Poder Judiciário, adoção das medidas pertinentes e também para tentar recuperar os prejuízos das vítimas", explicou. 

As mulheres, presas na segunda-feira (21) no bairro da Mangabeiras, em Maceió, têm 49 e 23 anos e já são conhecidas da polícia. Juntas, acumulam mais de 40 boletins de ocorrência por estelionato, além de responderem a quatro inquéritos e oito processos judiciais em andamento.

O esquema consistia em simular o interesse na compra de imóveis. As suspeitas pagavam um valor simbólico como entrada, tomavam posse das propriedades e, mesmo sem concluir a negociação, revendiam os imóveis como se fossem as legítimas donas. Antes de sumirem, retiravam todos os móveis e objetos da residência.

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