Uma mulher de 61 anos foi presa durante um protesto contra Donald Trump no Alabama, vestindo uma fantasia inflável de pênis e segurando um cartaz crítico, gerando controvérsia sobre liberdade de expressão e moralismo na cidade.
O policial responsável pela prisão alegou que a fantasia era 'abusiva' e inapropriada para crianças, enquanto a defesa argumenta que a ação foi uma expressão política legítima, sem conotação sexual.
O caso ganhou destaque na mídia americana e o julgamento está agendado para 6 de janeiro de 2026, com a prefeitura local se abstendo de comentar devido à natureza do processo em andamento.
Uma mulher de 61 anos foi presa durante um protesto contra Donald Trump, em Fairhope, no estado do Alabama (EUA), usando uma fantasia inflável em formato de pênis e segurando um cartaz com a frase “No dick-tator” (“Sem ditador”, em tradução livre).
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O caso, em 18 de outubro de 2024, foi gravado pela câmera corporal de um policial, com cenas divulgadas pela imprensa dos EUA na quinta-feira (20).
No vídeo, o policial Andrew Babb aparece dizendo que a fantasia “não seria tolerada em uma cidade com valores familiares”.
Em seguida, ele segura a roupa por trás e derruba Renea Gamble no chão.
Outros agentes ajudam a algemá-la, enquanto manifestantes protestam e afirmam que ela “não estava fazendo nada de errado”.
O policial justifica a prisão dizendo que o traje era “abusivo” e que se preocupava com “o que as crianças poderiam ver”.
Renea foi acusada de conduta desordeira e resistência à prisão.
Defesa alega censura
Seus advogados afirmam que ela apenas exercia o direito de liberdade de expressão, garantido pela Primeira Emenda da Constituição americana.
Eles pedem o arquivamento do processo e dizem que a prisão foi motivada por “moralismo”.
Segundo a defesa, a fantasia era parte de uma crítica política e não tinha conotação sexual.
“A ideia de que uma avó de 61 anos vestida de pênis inflável oferecia perigo é absurda”, disseram os advogados em nota.
Caso repercute nos EUA
A prisão chamou atenção na imprensa americana e foi citada em um dos programas do humorista Stephen Colbert.
O julgamento está marcado para 6 de janeiro de 2026, no Tribunal Municipal de Fairhope.
A prefeitura da cidade informou que não comentará o caso por se tratar de processo em andamento.
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