A Polícia Civil de Alagoas informou nesta segunda-feira (5) ter esclarecido a morte de Antônia Santos de Oliveira, de 62 anos, assassinada durante uma simulação de assalto, na noite do dia 4 de outubro do ano passado, no Sítio Lagoa I, zona rural do município de Teotônio Vilela.
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Os três acusados do crime já estão presos: o autor material José Ailton dos Santos, conhecido como “Nem”, atualmente recolhido no presídio do Agreste; o intermediário Leandro da Silva, o “Leu”, e o suposto mandante Jossélio Correia Santos, o “Gordo”, ex-genro da vítima.
Os delegados Fábio Costa, gerente de Polícia Judiciária da Área 3, e Lucimério Campos, atualmente comandando a Delegacia de Homicídios de Rio Largo e, na época, titular do 79º Distrito Policial de Teotônio Vilela, revelaram detalhes das investigações.
Segundo foi apurado, “Leu” – acusado como intermediário do crime – foi preso no último dia 1° (quinta-feira), em Teotônio Vilela, em cumprimento a mandado de prisão preventiva expedido pela juíza Lívia Maria Lima, titular da Comarca local.
Ele trabalhava, na época, como cortador de cana em usinas da região, e teria conhecido o autor intelectual, durante o transporte de trabalhadores em ônibus fretado pelas usinas e cujo motorista era o “Gordo”.
A polícia apurou que Jossélio é ex-companheiro da filha de “dona Toinha”, de nome Damiana. Inconformado com a separação e após diversas tentativas de reatar o relacionamento, contratou os dois outros envolvidos, por R$ 300, a fim de que simulassem um roubo e dessem um tiro na perna da vítima.
Com isso, tentava fazer com que a ex-companheira desistisse de ir morar em São Paulo, para onde estava com viagem marcada para o dia seguinte ao crime (5 de outubro).
As informações levantadas dão conta de que “Leu” recebeu de Jossélio os R$ 300 e contratou por R$ 150,00 o outro envolvido, conhecido por “Nem”, para que este efetuasse o disparo. A ideia era apenas ferir a vítima, mas o projetil acabou atingindo a artéria femural e a idosa morreu devido a uma grave hemorragia.
“Dona Toinha” tomava conta do abastecimento de água do Sítio Lagoa I e, de acordo com as investigações, no dia do crime, estava no interior de sua residência quando foi abordada por um homem, sob o pretexto de um cano quebrado no chafariz da localidade.
Desconfiada, a idosa informou ao desconhecido que não iria abrir a porta. O assassino, então, invadiu a casa e atirou na vítima. Na fuga, ainda teria levado um aparelho celular pertencente ao neto da vítima que estava na casa.
A arma utilizada no crime – um revólver Rossi – foi apreendida, dias depois (13 de outubro), em poder de um homem conhecido como “Luquinhas” e, segundo “Leu”, foi emprestada ao autor material, conhecido por “Nem”, para que ele atirassecontra a vítima.
O crime ocorreu na presença da uma adolescente que estava na casa com a idosa e que reconheceu o autor, inclusive após ver foto na internet de sua prisão por outro crime cometido na cidade de Teotônio Vilela.
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