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O montante de impostos sonegados por empresários, com a ajuda de servidores públicos, alvos das ações é comandadas pelo Grupo de Atuação Especial em Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Conexos (Gaesf), daria para construir um hospital.
A afirmação é do promotor Cyro Blatter, coordenador do grupo. Em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira, 31, na sede do Ministério Público Estadual (MPE), ele afirmou que desde 2017, quando foi deflagrada as operações contra a sonegação fiscal, o governo já recuperou para os cofres públicos cerca de R$ 80 milhões.
“Os valores ainda não estão fechados, existem terrenos, uma casa na Ponta Verde, três casa em Arapiraca, uma galpão, cinco veículos, cujos valores ainda estão sendo fechados. Mas que está entre R$ 70 milhões e R$ 80 milhões. Para se ter ideia, o Hospital da Mulher, que está sendo construído, custa R$ 65 milhões, então daria para construir um hospital”, disse Cyro Blatter.
Na manhã desta quarta-feira, uma força tarefa formada por mais de 60 agentes foi às ruas nas primeiras horas da manhã para cumprir mandados de prisão expedidos pela 17º Vara Criminal da Capital. Dois fiscais de tributos foram presos.

"A fraude estruturada nunca é feita somente pelo empresário", disse Blatter, ao se referir aos funcionários públicos envolvidos no esquema. "Sempre tem ajuda de contadores, às vezes até mesmo advogados. Com o fim de se apropriar de um dinheiro que é do povo. Porque quando se arrecada impostos, quem paga é a população", completou.
Presente à coletiva, o secretário de Estado da fazenda de Alagoas, George Santoro, ressaltou a importância da operação. "Entendemos que não são crimes de fácil apuração. Estamos tentando recuperar receita. A fazenda esta passando por momentos de mudança para poder atuar melhor. A concorrência desleal tem sido uma constante no mercado atualmente. Se ocorre a concorrência leal, incentivamos a abertura de novos negócios. Quero parabenizar a todos que participaram da operação e ajudaram a recuperar dinheiro para o Estado", disse Santoro.
*Estagiário sob orientação da editoria
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