Por Redação
Seria a fumaça de incenso tão perigosa quanto o cigarro? (Crédito: Reprodução internet)
A Proteste pediu providências ao Ministério Público Federal, já que, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, nenhum produto pode acarretar riscos à saúde do consumidor.
A Proteste testou cinco incensos e constatou que estes produtos exalam substâncias altamente tóxicas na fumaça, prejudiciais a saúde. Todas as marcas analisadas emitiram benzeno e formaldeído acima dos níveis considerados seguros e por isso, foram avaliadas como ruins.
As duas substâncias podem causar problemas respiratórios e vários tipos de câncer, entre outras doenças. Estudos constatam que a fumaça da queima de uma vareta de incenso pode equivaler até quatro cigarros.
Além dos incensos, foram testadas cinco velas perfumadas e cinco óleos essenciais. Entre as velas perfumadas, apenas as marcas Aroma Naturals e Candella mostraram resultados seguros. Os óleos essenciais obtiveram a melhor avaliação, já que todos apresentaram resultados dentro dos níveis de segurança.
Na análise de naftaleno, o incenso Flute ultrapassou cerca de oito vezes o nível tido como seguro, e avaliado como ruim.
Os incensos Sac e Darshan também foram avaliados como ruins e Padmini e Vinato, como fracos.
Por outro, as velas e os óleos foram avaliados como bons ou muito bons, pois emitiram pouco ou nenhum naftaleno. Ele provoca irritação na pele, alergias, enxaqueca, náusea, vermelhidão e dor nos olhos.
No teste de tolueno, o incenso Darshan emitiu quase o dobro da substância acima do limite de segurança, e avaliado como ruim.
O incenso Sac também foi avaliado como ruim e os demais, como fracos. Já as velas e os óleos se saíram bem, sendo que a vela Aroma Naturals e os óleos Panizza e WNF não emitiram a substância, que pode causar irritação nos pulmões e alterações no sistema nervoso central.
Na análise de formaldeído, todos os incensos e três velas (Bom Ar Air Wick, Granado e Yankee Candle) não apresentaram emissões seguras e avaliados como ruins. Os óleos se saíram bem nesse teste. A substância é rapidamente absorvida pelos pulmões e potencialmente cancerígena, além de provocar dores de cabeça, dispneia, rinite, piora da asma e irritações na pele e nos olhos.
Três incensos ultrapassaram os níveis seguros na emissão de acetaldeído (Darshan, Padmini e Sac) e avaliados como ruins, e os demais tiveram avaliação fraca.
A vela da Granado foi avaliada como fraca e o óleo Aromagia foi considerado aceitável. Os demais óleos e velas se saíram bem nesse teste.
E na avaliação da rotulagem, foi constatado que os três tipos de produtos são classificados, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como itens de higiene pessoal, cosméticos e perfumes, embora tenham a função de odorizar ambientes.
Entre os óleos essenciais, apenas o Aromagia trazia informações sobre o uso como odorizante. Os incensos Flute, Padmini e Vinati traziam informações sobre a forma segura de utilização e por isso, obtiveram avaliação aceitável. E de todos os produtos testados, apenas a vela perfumada Bom Ar Air Wick apresentava o rótulo adequado à categoria.
Para o teste, foi feita a análise da rotulagem e simulação de uso emambiente parecido com uma sala, com a medição da concentração das principais substâncias nocivas emitidas pela queima desses produtos.
Os resultados das análises foram encaminhados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pedindo fiscalização e mudança da categorização destes produtos.
A PROTESTE também pediu providências ao Ministério Público Federal, já que de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, qualquer produto colocado no mercado de consumo não pode acarretar riscos à saúde ou à segurança do consumidor.
Os incensos avaliados foram:
As velas perfumadas:
E os óleos essenciais:
Fonte: Portal Proteste
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