'Indivíduos perigosos': dupla presa por golpe do financiamento tinha passagens pela polícia

Publicado em 23/10/2025, às 08h10
Divulgação/Polícia Civil
Divulgação/Polícia Civil

por Pedro Acioli*

Publicado em 23/10/2025, às 08h10

Dois suspeitos de aplicar golpes de falso financiamento de imóveis foram presos em Maceió durante a Operação Contrato Cego, que já afetou quase 4 mil vítimas em todo o país. O delegado Dalberth Pinheiro os classificou como 'indivíduos perigosos', com antecedentes criminais, incluindo porte ilegal de arma.

As investigações revelaram que os suspeitos induziam as vítimas a assinar contratos de consórcio disfarçados de financiamentos, cobrando pagamentos iniciais e prometendo entrega imediata dos imóveis. O grupo utilizava redes sociais para captar clientes e mudava frequentemente de sede para evitar a detecção policial.

Além das prisões, a operação incluiu mandados de busca e apreensão em diversos bairros de Maceió, com a participação de várias unidades da Polícia Civil. A ação visa desmantelar a organização criminosa e proteger futuras vítimas de fraudes semelhantes.

Resumo gerado por IA

“Indivíduos perigosos”. Dessa forma, o delegado Dalberth Pinheiro classificou os dois suspeitos presos durante a “Operação Contrato Cego”, realizada na manhã desta segunda-feira (23), em Maceió. Os dois eram integrantes de um grupo suspeito de aplicar golpes com falso financiamento de imóveis que fez quase 4 mil vítimas em todo país. 

O delegado Dalberth Pinheiro, um dos responsáveis pela operação, explicou que os dois supostos autores já tinham passagens pela polícia, sendo uma delas por porte ilegal de arma de fogo. 

Eram indivíduos perigosos. Os dois já tinham sido presos, um deles foi por porte ilegal de arma de fogo. Na residência de um deles, a gente encontrou hoje munições de arma de fogo também”, afirmou o delegado em entrevista à TV Pajuçara

As investigações da Polícia Civil verificaram que os suspeitos induziram as vítimas a assinar contratos de consórcio disfarçados de financiamentos imobiliários, mediante pagamento de entrada e promessa de entrega imediata do imóvel. 

Além das duas prisões, estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão nos bairros da Jatiúca, Farol, Serraria, Santa Lúcia e Benedito Bentes, todos na capital alagoana. 

Como atuava o grupo? 

O grupo utilizava pessoas jurídicas individuais para fazer contratações de corretores e captação de clientes, principalmente através das redes sociais. Em seguida, eles levavam as vítimas para escritórios, onde realizavam as assinaturas e os pagamentos iniciais dos falsos financiamentos de imóveis.

De acordo com a delegada Michelly Santos, atualmente, a organização utilizava duas sedes, mas as mudanças dos falsos estabelecimentos eram constantes para dificultar a atuação da polícia.

“Eles ficam migrando de sede. A intenção deles era realmente não serem descobertos”, explicou Michelly.

A Operação

A ação foi coordenada pelos delegados Dalberth Pinheiro e Michelly Santos, da Delegacia de Estelionatos da Polícia Civil. Já o efetivo utilizado na operação conta com policiais civis da Delegacia de Estelionatos, Diretoria de Polícia Judiciária 1 (DPJ1), Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE). 

Além do Setor de Planejamento Operacional, Delegacia Especializada de Roubos da Capital (DERC), Operação Policial Litorânea Integrada (OPLIT), 10° Distrito Policial (10°DP) e Departamento Estadual de Aviação (DEA).

A expressão do nome "Contrato Cego" simboliza a cegueira induzida no momento da contratação, onde o engano era parte estruturante do golpe.

*Com informações da Polícia Civil

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