Irmã de Léo Moura: Justiça encontra R$ 786 em conta de acusada de golpes com ingressos do Rock in Rio

Publicado em 12/09/2022, às 10h04
Reprodução/Instagram
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Por Extra Online

Nas contas bancárias da produtora de eventos Lívia da Silva Moura, de 33 anos, que tem um mandado de prisão preventiva por estelionato e organização criminosa na venda de ingressos para o Rock in Rio, a justiça encontrou apenas R$ 786,54. O bloqueio dos valores foi por determinação do juiz Marcello Rubiolli, da 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa, atendendo a um pedido do delegado Leandro Gontijo de Siqueira Alves, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), que investiga a mulher em golpes que somam mais de R$ 500 mil. As respostas dos bloqueios dos bancos só foram enviadas à justiça na última sexta-feira (9).

A 16ª DP pediu que a justiça bloqueasse até R$ 300 mil das contas de Lívia para que o valor fosse devolvido para as pessoas lesadas. Esse montante era para ser indisponibilizado em apenas uma conta de Lívia. Entretanto, o juiz Marcello Rubiolli determinou o bloqueio de um milhão de todas as contas da mulher. A irmã do ex-jogador de futebol Leo Moura, que já usou o nome dele para dar credibilidade em outras negociações, dizia ser da produção do festival e vendia cada ingresso a R$ 1.200,00.

O bloqueio das duas contas, uma na Caixa e outra no Nubank, foi feito através do Sistema de Busca de Ativos do Poder Judiciário (Sisbajud). Ao todo, Lívia mantem oito contas bancárias em vários bancos.

Até agora, mais de 25 pessoas já procuraram a Polícia Civil para denunciar que foram vítimas de Lívia. Uma única vítima teria sido lesada em R$ 150 mil. Uma segunda diz ter transferido R$ 28 mil através de Pix para a mulher.

Na última segunda-feira (5), a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio (MPRJ) cumpriram um mandado de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão contra a mulher, que está foragida. A investigação da 16ª DP (Barra da Tijuca) aponta que ela pode ter faturado milhares de reais com as vendas das entradas falsas para o festival de música que aconteceu no Parque Olímpico, nos últimos dois finais de semana.

Até agora, mais de 25 pessoas já procuraram a Polícia Civil para denunciar que foram vítimas de Lívia. Uma única vítima teria sido lesada em R$ 150 mil. Uma segunda diz ter transferido R$ 28 mil através de Pix para a mulher.

Na última segunda-feira (5), a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio (MPRJ) cumpriram um mandado de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão contra a mulher, que está foragida. A investigação da 16ª DP (Barra da Tijuca) aponta que ela pode ter faturado milhares de reais com as vendas das entradas falsas para o festival de música que aconteceu no Parque Olímpico, nos últimos dois finais de semana.

Vítimas também denunciaram

Lívia Moura é investigada em ao menos três delegacias do Rio por conta dos golpes envolvendo ingressos falsos para o Rock in Rio. Uma delas é a 13ª DP (Ipanema), onde uma vítima denunciou o caso após ter transferido R$ 20,8 mil via Pix para a conta de Lívia e sem nunca ter recebido as entradas. Segundo as investigações dessa unidade, outras vítimas foram identificadas e devem ser ouvidas pela polícia nos próximos dias.

— É importante destacar que a acusada já é conhecida da polícia, e ostenta outros antecedentes criminais pela prática de outros golpes. Ela se vale do fato de ser irmã de ex-jogador de futebol para passar credibilidade às vítimas e, assim, aplicar o golpe, que nesse caso foi de mais de R$ 20 mil. Já há noticias de outras vítimas que comparecerão em sede policial para registrar outros golpes idênticos praticados pela acusada — afirma o delegado Felipe Santoro, titular da 13ª DP, onde o caso é investigado.

O empresário que denunciou o caso à polícia contou em seu depoimento que comprou 26 ingressos para diversos dias do Rock In Rio, oferecidos pela mulher em um contato por um aplicativo de mensagens. A vítima ainda contou que entregou mais R$ 3 mil em espécie para um vizinho de Lívia, mas até o momento não recebeu os ingressos.

De acordo com o depoimento, após o pagamento, a irmã de Léo Moura não atende mais as ligações feitas pelo empresário e tampouco responde as mensagens. O delegado Felipe Santoro orienta como a população deve agir para evitar golpes na venda de ingressos.

— É preciso ficar atento às ofertas com preços vantajosos. Confira sempre a identidade do vendedor e os dados do ingresso, no site oficial do evento. Privilegie sempre a compra em site oficial ou a venda presencial. Em caso de golpe, procure a policia imediatamente para podermos tomar as providências necessárias e evitar o prejuízo da vitima — alerta Santoro.

De acordo com o site "Torcedores", em 2020 Léo Moura já tinha usado suas redes sociais para denunciar a irmã. Na postagem, o ex-jogador afirma que não compartilha "com mau caratismo e nem safadeza". Na publicação, Léo Moura ainda ressalta que naquela época já não falava com a irmã há um ano e pediu para seus seguidores não acreditarem nela.

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