Publicado em 24/11/2025, às 13h40
Nayara Thais Silva Lima, irmã da médica Nádia Tamires, solicitou à Justiça a guarda provisória de sua sobrinha, atualmente sob a tutela das avós, após Nádia ter sido presa por matar seu ex-marido. O juiz, no entanto, considerou o pedido inadequado e encaminhou o caso para uma Vara de Família para análise.
Nayara argumenta que as avós não têm condições de cuidar da criança, citando laudos que indicariam abuso sexual por parte do pai, mas o juiz destacou que as alegações não demonstram risco iminente à criança. A guarda das avós foi concedida recentemente, sugerindo que o bem-estar da criança está, em princípio, assegurado.
O assassinato ocorreu em 16 de novembro, quando Alan Carlos foi morto a tiros pela ex-esposa em frente a uma UBS. Nádia foi presa no mesmo dia e sua alegação de legítima defesa foi rejeitada pela Justiça, que decretou sua prisão preventiva.
Nayara Thais Silva Lima, irmã da médica Nádia Tamires, que matou a tiros o ex-marido, ingressou na Justiça com um pedido de guarda provisória da sobrinha, que hoje está com a avó materna, Josefa Alves de Lima Cavalcante, e paterna, Cícera Maria de Lima Calvalcante. O pedido foi feito nesse domingo, 23, e será encaminhado para uma das Varas de Família da comarca de Arapiraca.
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Na solicitação, Nayara explica que, para ela, as avós da criança “não possuem capacidade para tutelar o melhor interesse da criança, por razões psicológicas e sociais”. Ao final, caso o pedido de guarda provisória seja concedido, a intenção da tia era de também conseguir a guarda definitiva.
“Apesar da autora sustentar a incapacidade das avós, atuais guardiãs, de exercerem a guarda da criança, apresenta, como fundamento da alegação, documentação pretérita, relativas aos anos de 2024 e 2014 a 2021, o que, por óbvio, não é suficiente para comprovar a presença de risco iminente que impeça a análise do mérito pelo juízo natural, durante o expediente forense regular”, argumentou o juiz Ewerton Luiz Chaves Carminati.
O juiz ainda pontuou que a guarda atual [das avós] foi concedida por sentença há cerca de seis dias, o que, segundo ele, “leva a crer que, conforme análise judicial atualizada, o melhor interesse da criança está, ao menos em tese, preservado junto às atuais guardiãs".
FAMÍLIA DIVIDIDA
Nayara e outro irmão de Nádia, Elias Lima, divulgaram versões e documentos sustentando a denúncia de abuso contra a filha do ex-casal, que tinha apenas 2 anos de idade na época. O crime teria sido cometido pelo próprio pai. Eles afirmam que há laudos que apontariam indícios de abuso sexual contra a criança.
As falas surgiram dias após a mãe de Nádia, Josefa Alves, e outro irmão da médica, Emerson Lima Barros, criticarem a ação da filha e defenderem a inocência do ex-genro.
O CASO
Alan Carlos foi morto a tiros dentro do carro em frente à Unidade Básica de Saúde (UBS) do Sítio Capim, na zona rural de Arapiraca, no dia 16 de novembro. A autora dos disparos, a médica e ex-esposa da vítima, foi localizada e presa horas depois em Maceió.
Imagens mostram o momento após o assassinato. O homem estava no banco do motorista, sem vida, sendo abraçado por uma outra mulher. Populares se aglomeraram ao redor do veículo.
Alan foi morto dentro do carro. Nádia foi presa no mesmo dia e teve a prisão preventiva decretada. Em interrogatório, ela alegou legítima defesa, mas a hipótese não foi acatada pela Justiça.
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