Polícia

Irmão quis 'crescer' para a polícia, diz delegada sobre apreensão em casa de CAC, em Ponta Verde

TNH1 com TV Pajuçara | 10/06/24 - 13h54
As armas apreendidas em residência de CAC, na Ponta Verde | Divulgação / Polícia Civil

A delegada Luci Mônica, da Polícia Civil de Alagoas, revelou que o irmão de um homem que foi alvo de um mandado de busca e apreensão, na manhã desta segunda-feira, 10, no bairro de Ponta Verde, parte baixa de Maceió, quis "crescer para o lado dos policiais". 

Em entrevista ao Fique Alerta, a delegada afirmou que um Oficial de Justiça procurou a polícia para dar cumprimento ao mandado contra o homem de 36 anos, que possuía registro de CAC (Colecionador, Atirador e Caçador). 

"O oficial de Justiça esteve na nossa delegacia solicitando apoio no cumprimento desses mandados. Como vimos que tratava-se de arma de fogo, juntamos a equipe e fomos até o local para fazer essa apreensão. Chegando lá, o irmão dele ainda quis 'crescer' para o lado da polícia. Conversamos e mostramos que estávamos, inclusive, na presença de um Oficial de Justiça dando cumprimento a um mandado de busca e apreensão oriundo do Poder Judiciário, que não tinha como reclamar. Apreendemos três armas de fogo: pistolas 9mm modelos glock e taurus. E também quantidade de munições. Essas armas já estão no Instituto de Criminalística e o mandado foi dado cumprimento e encaminhado à Justiça". 

O proprietário das armas foi denunciado por agressão contra a ex-namorada, que informou ter sofrido dois abortos em virtude das agressões.

"É uma ordem judicial. Obviamente o juiz deve ter entendido que ele estando armado e ameaçando a vítima seria um perigo para as vítimas. A gente sabe que a Lei Maria da Penha protege a mulher, ela já tinha medida protetiva. Mas faltava exatamente recolher as armas na mão desse cidadão para que nada de pior acontecesse. O oficial de justiça nos passou que até aborto essa mulher já teria feito por duas vezes, por conta dessas ameaças e agressões, e nós demos cumprimento ao mandado conforme a lei preconiza", comentou a delegada.

Sobre o irmão do homem que teria se exaltado, a delegada contou que a situação foi resolvida na base do diálogo.  

"Era um outro homem que estava junto. No começo, ele deu resistência, conversou com a gente, o acalmamos e dissemos que estávamos fazendo nosso papel. Estamos cumprindo mandado por ordem da Justiça. Acho que a Justiça foi bastante feliz nessa medida, porque de fato, imagine uma ameaça, medida protetiva, o homem com três armas de fogo e cheias de munições, é um perigo", alertou a delegada Luci Mônica.