A Polícia Civil pediu, nesta quarta-feira, a prisão de dois suspeitos no caso de assassinato do ator Jeff Machado, encontrado morto na Zona Oeste do Rio de Janeiro quatro meses após registro de desaparecimento. Além do assistente de produção Bruno Rodrigues, apontado pela família como principal suspeito, outra pessoa entrou na mira dos agentes no decorrer das investigações e também teve prisão pedida.
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Quando as investigações começaram, em fevereiro, Bruno informou aos familiares de Jeff que estava com as chaves da casa e do carro do artista, marcando um encontro com Diego Machado, irmão da vítima. Ao chegarem lá, encontraram uma casa bagunçada, com mau cheiro e com aspecto "revirado".
De acordo com relatos, o produtor explicou estar com as chaves a pedido de Jeff que, a princípio, estaria em São Paulo a trabalho. Ele estaria encarregado de cuidar do local, mas, pelo vídeo, é possível notar certo abandono. Ao entrar na casa, Diego observa de início o mau cheiro do espaço.
Ao entrarem na suíte onde Jeff dormia, perceberam que itens de higiene e roupas do ator estavam intactos, o que não condizia com a suposta viagem feita. Uma mulher que aparece no vídeo e não é identificada, ressalta: "não tem nenhum cabide vazio".
No banheiro, Diego observa a presença da escova de dentes, desodorante, toalha, chinelo e produtos de cabelo de Jeff ainda em uso: "Shampoo dos cabelos dele que ele não vive sem estão aqui. Isso significa que ele ia voltar".
O advogado João Maia, responsável pela defesa de Bruno Rodrigues, afirmou que até ontem (terça-feira) não havia sido informado sobre o andamento das investigações. Nesta quarta-feira, ele pediu a vista dos autos do inquérito. Veja a íntegra da nota:
"A defesa informa que esteve ontem em sede policial em busca de atualização de informações. Ao sair da delegacia foi questionada sobre eventual pedido de prisão, o que era de seu desconhecimento. No entanto, ao longo do dia a informação ganhou força na imprensa, e a defesa confirmou que há representação policial requerida à Justiça. Imediatamente, esta defesa pleiteou vista dos autos e prazo para se manifestar sobre o pedido policial. Igualmente, protocolou pedido junto ao Ministério Público para despachar, aguardando posicionamento daquele órgão. Após tomar pleno conhecimento do pedido e de seus fundamentos fará um pronunciamento."
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