Um jornalista de Belo Horizonte foi agredido por um policial civil, candidato a deputado federal, acusado de assediar uma menina de 13 anos. O profissional levou um soco no estômago e teve o celular usado como equipamento de trabalho confiscado dentro de uma delegacia da Polícia Civil, em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte. Segundo o boletim de ocorrência, policiais civis que estavam da Delegacia se recusaram a registrar o ocorrido, sendo necessário o acionamento da Polícia Militar. O caso foi na noite do último sábado (27).
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"Após o ocorrido, (o jornalista) solicitou providências pelos policiais civis daquela delegacia. No entanto, não foi atendido por eles pois criaram muita resistência para lavratura deste documento", informa o boletim de ocorrência. O documento também apontou que a confusão começou durante uma tentativa de entrevista. O policial pegou o celular do repórter e seguiu para o interior da delegacia com a intenção de apagar as imagens. "Lá ele conseguiu apagar as imagens do fato, tendo também acesso as mensagens particulares da vítima", registra o boletim de ocorrência.
Em nota, a empresa onde trabalha o jornalista afirmou que repudia a agressão sofrida no exercício da profissão. "A agressão física e o confisco do material de trabalho do nosso colega de trabalho ocorreu quando esperávamos e insistíamos para ouvir o outro lado, prática indelével do jornalismo ético", disse em nota. A empresa disse ainda que "não vai se calar" e que preocupa com a população que também é vítima deste mesmo tipo de violência. "Nos colocamos no lugar dos cidadãos comuns que não têm microfones para tornar público eventuais abusos do tipo", afirmou.
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