Jovem é morto por PM na porta de casa enquanto família fazia churrasco

Publicado em 07/05/2019, às 08h21
Rafael deixou um filho de dois meses | Reprodução / Facebook
Rafael deixou um filho de dois meses | Reprodução / Facebook

Por TNH1 com UOL

O jovem Rafael Aparecido Almeida de Souza, 23, foi morto por um policial militar na porta de casa com um tiro no peito no último sábado (4), no jardim Nove de Julho, zona leste de São Paulo. A família fazia um churrasco quando ouviu o tiro. O caso foi divulgado nesta terça-feira (7), pela imprensa nacional.

O soldado Charles Henrique Godoi Pereira, que atirou, diz que o jovem havia tentado tomar a arma de sua mão. Os familiares contestam a versão e dizem que o PM atirou a mais de 50 metros de distância. 

Ajuda ao irmão

Familiares afirmam que Rafael saia de casa a pé para levar documentos do seu irmão, que estava sendo abordado por dois policiais militares a 100 metros do imóvel, quando foi baleado. "Estávamos em uma festinha, fizemos um churrasquinho. Os irmãos dele foram abordados e um deles estava sem documento. Ele [Rafael] subiu em casa, pegou os documentos", diz Rogério Souza, tio do jovem. "Foi quando Rafael falou: 'Ô, senhor, não precisa disso, não'. Aí o policial atirou do nada", diz o tio.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirma que "Souza tentou tirar a arma de um dos PMs e foi atingido por um disparo quando o agente reagiu para impedir a ação". A versão do policial consta no boletim de ocorrência do caso. O tio de Rafael rebate: "Como que uma pessoa vai tomar uma arma a mais de 50 metros de distância?".

Rogério Souza diz que, após o tiro, todos os familiares correram para socorrer Rafael, e "os policiais simplesmente entraram na viatura e foram embora".

A SSP diz que os policiais militares foram hostilizados por um grupo de pessoas na ocorrência.

Gostou? Compartilhe