por Theo Chaves
Publicado em 28/11/2025, às 14h46
A Justiça de Alagoas manteve a decisão de levar o empresário Edson Lopes da Rocha a júri popular pelo atropelamento e morte da policial militar Cibely Barboza Soares, ocorrido em outubro de 2023, após rejeitar os recursos de sua defesa.
O juiz Alberto de Almeida considerou que não havia contradições na decisão anterior e que existem provas suficientes para justificar o julgamento, destacando a necessidade de o Conselho de Sentença avaliar se houve dolo eventual ou culpa.
Com a decisão final, defesa e acusação devem apresentar suas testemunhas em até cinco dias, enquanto a data do julgamento ainda não foi divulgada.
A Justiça de Alagoas rejeitou os recursos apresentados pela defesa do empresário Edson Lopes da Rocha, acusado de atropelar e matar a policial militar Cibely Barboza Soares, em Arapiraca, em outubro de 2023. Com isso, está mantido o júri popular do empresário, que será julgado pelo crime de homicídio doloso.
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A decisão é do juiz Alberto de Almeida, da 5ª Vara da Comarca de Arapiraca, e foi publicada nessa sexta sexta-feira (28).
Nos embargos apresentado à Justiça, a defesa de Edson Lopes da Rocha alegava omissões, contradições e obscuridades na decisão de pronunciamento do réu — etapa em que o magistrado decide se há indícios suficientes para que o caso seja julgado pelo Tribunal do Júri.
Entre os pontos questionados, também estavam a análise da dinâmica do acidente e a possibilidade de desclassificação para homicídio culposo.
No entando, o magistrado concluiu que não havia nenhum vício a ser corrigido. Segundo ele, a decisão de pronúncia foi clara ao afirmar que "cabe ao Conselho de Sentença apreciar, com profundidade, se houve dolo eventual ou culpa, como estabelece a jurisprudência dos tribunais superiores".
O juiz ainda destacou que existem elementos probatórios robustos que justificam a submissão do caso ao júri popular.
Com o trânsito em julgado da decisão, defesa e acusação serão intimados a apresentar, em cinco dias, as testemunhas que irão depor no plenário do Júri, podendo ainda juntar documentos e requerer diligências.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa do empresário. Até o momento, não foi divulgada a data para o julgamento do caso.
O caso
Cibelly Barboza e o marido Gheymison do Nascimento, ambos policiais militares, faziam ciclismo quando foram atropelados por uma caminhonete preta em um trecho da rodovia AL-220, em Arapiraca. O caso foi registrado em outubro de 2023.
A mulher chegou a ser socorrida, mas morreu no mesmo dia. Já o marido dela sobriveu após ficar dias internado. Ele foi homenageado pelos colegas de farda na saída do Hospital de Emergência do Agreste.
O motorista da caminhonete enlvovida no atropelamento foi identificado como Edson Lopes, um empresário da cidade de Arapiraca. Edson prestou depoimento à polícia, mas foi liberado e está respondendo às acusações em liberdade. Ele nega o uso de bebidas alcoólicas e disse que não viu os ciclistas.
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