Júri condena serial killer a 14 anos de prisão por tentar matar jovem no Vergel; pena soma 85 anos

Publicado em 04/09/2025, às 14h12 - Atualizado às 14h12
Eberth Lins / TNH1
Eberth Lins / TNH1

Por TNH1

Albino Santos de Lima, conhecido como o "serial killer de Maceió", foi condenado por júri popular nesta quinta-feira (4) por tentativa de homicídio contra Alan Vitor dos Santos Soares, de 21 anos. O crime aconteceu em 12 de junho de 2024, no bairro Vergel do Lago, em Maceió.

Com a presença da vítima no tribunal, o júri o condenou a 14 anos e 7 meses de prisão, em regime inicialmente fechado, além do pagamento de uma multa de R$ 50 mil. Somadas, as penas anteriores já ultrapassaram 85 anos de prisão.

De acordo com o processo, a vítima voltava do trabalho para a casa da avó quando percebeu que estava sendo seguida. Na sequência, foi atingida por quatro disparos de arma de fogo - um na nuca, dois no pulmão e um de raspão na orelha. Alan sobreviveu aos ferimentos.

Albino foi denunciado por tentativa de homicídio duplamente qualificada (por motivo fútil e por usar recurso que impossibilitou a defesa da vítima). 

Preso desde setembro de 2024, Albino é investigado por pelo menos 18 assassinatos. Esta é sua quarta condenação por crimes distintos. 

ALBINO NEGOU TER ATIRADO EM JOVEM

O advogado Geoberto Luna, único representante da defesa de Albino Santos de Lima, o "serial killer de Maceió", disse, em entrevista ao TNH1, que foi "pego de surpresa" após o acusado ter negado a autoria do atentado a tiros contra Alan Vitor dos Santos Soares, no bairro Vergel do Lago, em Maceió, em 12 de junho de 2024. Albino já havia confessado o crime em delegacia e em audiência de instrução, porém mudou a versão no dia do julgamento.

Em conversa com Geoberto Luna, já no momento do júri, o assassino em série disse que admitiu ter atirado contra Alan Vitor, em outras ocasiões, por apresentar nervosismo e querer se livrar do processo.

"Anteriormente, na delegacia e na audiência de instrução, o Albino havia confessado o crime e nesse tribunal do júri resolveu negar. Ele afirmou que não havia comprovação de que foi ele, e eu como advogado dele, tenho que defender essa teoria", disse Luna.

"Fui pego de surpresa. Ele disse que estava nervoso e pressionado pelas condições pessoais e afirmou aquilo [que atirou] para se livrar do processo. Mas ele disse que nega a autoria e a minha obrigação como defensor é defender a negativa de autoria", acrescentou o advogado.

VÍTIMA MOSTRA MARCAS DE TIRO

Alan Vitor dos Santos, sobrevivente da tentativa de homicídio participou nesta quinta-feira (4) do julgamento do réu e fez uma defesa veemente pela condenação de Albino.

Em um momento que emocionou os presentes, a pedido da acusação, o jovem de 21 anos levantou a camisa diante do júri para mostrar as cicatrizes dos tiros e a bolsa de ostomia (dispositivo que é obrigado a usar para coleta de fezes e urina) que passou a usar após o atentado.

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