Justiça autoriza exumação de corpo de bebê trocado na maternidade

Publicado em 03/09/2018, às 12h17
Jerlane descobriu a troca dos corpos ao chegar à maternidade | Reprodução / TV Pajuçara
Jerlane descobriu a troca dos corpos ao chegar à maternidade | Reprodução / TV Pajuçara

Por TNH1

A Justiça autorizou a exumação do corpo do bebê trocado na maternidade do Hospital Universitário (HU), em Maceió, e enterrado por outra família, em um cemitério da cidade de União dos Palmares, semana passada.

Em decisão urgente tomada durante o plantão judiciário no fim de semana, o juiz Anderson Passos concedeu o alvará com a permissão para a exumação do corpo, que já pode ser providenciado pela família da criança.

O caso veio à tona na quinta-feira (30), quando a dona de casa Jerlane da Silva, de 21 anos, foi à maternidade fazer a liberação do corpo da filha, Ana Clara, que morreu dias após o parto.

Ela descobriu que a menina já havia sido sepultada por outra família, ao conversar com o pai de outro bebê, do sexo masculino, que reclamava sobre a possível troca. O homem era Izael Carlos Silva Mendonça, pai do menino Gabriel Gomes de Mendonça, que também havia falecido e permanecia no hospital aguardando liberação.

O erro foi confirmado pela direção do HU, em entrevista coletiva de imprensa na sexta-feira (31), e essa confirmação serviu também de embasamento para a decisão judicial.

“Era uma situação de urgência e não havia maiores dúvidas porque o próprio HU, no processo, relatou o equívoco e a troca das crianças”, informou Passos, ao TNH1.

Com a autorização, a família deve providenciar junto ao cemitério de União dos Palmares e exumação e, em seguida, o fará outro sepultamento.

Ação judicial

A ação foi ingressada pelo Defensoria Pública na sexta-feira, 31, depois que os pais dos bebês procuraram a instituição. A Defensoria pediu a exumação e entrega do corpo da menina para a família, e liberação do corpo do menino para seus familiares, bem como a mudança nas certidões de óbito, a fim de corrigir as informações de sepultamento. A Justiça também autorizou a mudança nas certidões.

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