O Tribunal de Justiça de Alagoas proibiu a Equatorial de cortar energia elétrica por dívidas com mais de 90 dias e determinou a religação mediante o pagamento apenas das contas atuais, impactando todos os consumidores do estado.
A decisão foi resultado de uma Ação Civil Pública da Defensoria Pública do Estado, que evidenciou abusos da concessionária ao utilizar cortes como forma de pressão para pagamento de dívidas antigas, prática considerada ilegal pelo TJAL.
A Equatorial tem 30 dias para religar o serviço a consumidores que já estão com a energia cortada por dívidas antigas e deve notificar com antecedência antes de qualquer corte, sob pena de multas significativas por descumprimento da decisão judicial.
Uma decisão do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) proibiu a Equatorial de realizar cortes de energia elétrica por conta de dívidas com mais de 90 dias. Além disso, a determinação também garante a religação com pagamento apenas das contas atuais e prevê multa e dano moral individual por cortes ilegais em todo o estado.
LEIA TAMBÉM
A decisão foi tomada em Ação Civil Pública (ACP) proposta pela Defensoria Pública do Estado de Alagoas, que apontou abusos da concessionária nessas práticas. A DPE/AL reverteu o caso em segunda instância, e o Tribunal de Justiça reformou a decisão de primeiro grau, acolheu as teses da Defensoria e fixou regras claras para a Equatorial, válidas para os 102 municípios alagoanos.
Segundo o defensor público-geral, Fabrício Leão Souto, documentos apresentados pela própria Equatorial mostraram que a empresa estava usando o corte e a religação para pressionar o pagamento de dívidas antigas. O TJAL reconheceu essa prática como ilegal, por contrariar normas da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e precedentes do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Na prática, a decisão garante ao consumidor os seguintes direitos:
Vale ressaltar que a decisão não perdoa as dívidas antigas. Elas permanecem e podem ser cobradas por meios legais, como acordos, cobranças administrativas ou ações judiciais. O que fica proibido é a empresa usar o corte de energia ou recusar a religação como forma de pressionar o pagamento de contas vencidas há mais de 90 dias.
Por meio de nota oficial, a Equatorial Energia Alagoas informou que está ciente da decisão do TJAL e que está adotando as medidas necessárias. Leia na íntegra a seguir:
A Equatorial Alagoas informa que tomou conhecimento da decisão judicial mencionada e que está adotando todas as medidas pertinentes nos autos do processo judicial.
A companhia reforça ainda que todas as suas ações observam estritamente a legislação federal e a Resolução Normativa nº 1.000/2021 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), reafirmando seu compromisso com a transparência, a legalidade e a adequada prestação de serviços aos consumidores.
LEIA MAIS
+Lidas