Justiça mantém prisão de miss Brasil transexual por dopar e roubar clientes em programas

Publicado em 16/03/2022, às 11h57
Mikaelly Martinez foi presa na praia de Ipanema | Foto: Reprodução
Mikaelly Martinez foi presa na praia de Ipanema | Foto: Reprodução

Por G1

Mikaelly Martinez, miss Brasil transexual de 2019, continuará presa. É o que decidiu a juíza Simone de Faria Ferraz, da 21ª Vara Criminal, nesta terça-feira (15), ao analisar um pedido apresentado pela defesa de Mikaelly para revogar a prisão preventiva da miss.

Detida por agentes da 16ª DP (Barra) na Praia de Ipanema, Zona Sul do Rio, em novembro do ano passado, Mikaelly é suspeita de dopar e roubar clientes durante programas.

Na decisão, a magistrada afirmou que "a prisão preventiva, por ora, revela-se necessária à garantia da ordem pública, ante a gravidade concreta das circunstâncias que permeiam o crime imputado".

O Ministério Público estadual também se manifestou contra a revogação da prisão de Mikaelly. O g1 tenta entrar em contato com a defesa dela.

Conversas pela internet e roubos - As investigações da 16ª DP apontaram que miss transexual conversava com os clientes pela internet, marcava os encontros em um hotel e, lá, roubava os pertences das vítimas.

O delegado Leandro Gontijo, titular da 16ª DP, disse que Mikaelly dopava as vítimas depois de atraí-las para o hotel. "[A vítima] Chegava no hotel, surgia uma outra trans, que prometia participar da orgia. Ao homem era oferecida uma bebida e era colocado algum narcótico na bebida. Quando ele acordava já tinha tido seus pertences subtraídos etc, e transferências PIX realizadas", explicou o delegado.

Os crimes, segundo investigadores, também ocorriam em São Paulo, Florianópolis e Balneário Camboriú.

"É importante salientar que, caso existam outras vítimas - porque existem mas as pessoas não registram por vergonha - que elas podem procurar a 16ª DP", afirmou Gontijo, na época.

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