Ludmilla rejeitou um convite do SBT para receber uma homenagem, criticando a emissora por dar espaço a discursos racistas, especialmente em meio a uma disputa judicial com o apresentador Marcão do Povo.
A cantora destacou que não pode aceitar uma homenagem enquanto a emissora continua a apoiar atitudes racistas, enfatizando que a luta contra o racismo requer responsabilidade e não apenas reconhecimento.
Recentemente, Marcão do Povo anunciou sua inocência em um caso de racismo contra Ludmilla, mas a cantora contestou essa afirmação, alegando que ele foi beneficiado por uma manobra processual que impede a aplicação da pena.
Ludmilla voltou a criticar a postura SBT nesta segunda-feira, 22/12, ao rejeitar um convite da emissora. A cantora publicou um vídeo em suas redes sociais e revelou que foi chamada para receber uma homenagem. No entanto, em meio à polêmica e disputa na justiça contra o apresentador Marcão do Povo, ela optou por não aceitar.
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No vídeo, Ludmilla afirma que a emissora dá voz a discursos e atitudes racistas. “Eu recebi uma mensagem do SBT falando que quer muito fazer uma homenagem pra mim”, começou.
“Eu não posso aceitar uma homenagem enquanto essa mesma emissora segue dando voz, segue dando espaço, respaldo e pessoas convenientes com a atitude racista, entendeu? Isso para mim é incoerente e inaceitável”, detonou.
Em seguida, ela exibiu um vídeo no qual o apresentador agradece o apoio da família Abravanel. “E agradeço imensamente à família Abravanel, em nome daquele, quando todos me humilharam, todos pisavam em mim, ele foi lá e me estendeu a mão, atendendo a um pedido de Deus: Silvio Santos e Íris Abravanel.”
Por fim, Ludmilla frisou: “Enquanto isso continuar acontecendo, eu não vou compactuar com racismo, porque racismo não se resolve com homenagem, e sim com responsabilidade”.
Briga na justiça
Vale lembrar que, na semana passada, Marcão do Povo anunciou a inocência no caso de racismo contra a cantora, ocorrido em 2017. Nas redes sociais, ela desmentiu e afirmou que ele não foi inocentado pelo crime, mas beneficiado por uma manobra processual que impede o cumprimento da pena.
“A Justiça reconhece o racismo que ele cometeu comigo, contra mim, né? Mas ele não vai pagar nada por isso. É uma manobra processual absurda, que eu estou indignada, mas que ele não vai cumprir os efeitos da decisão”, disse na ocasião.