Mãe faz alerta após filho cometer suicídio depois de revelar a colegas que era gay

Publicado em 28/08/2018, às 10h46
Jamel foi encontrado morto quatro dias após contar que era gay | Redes Sociais
Jamel foi encontrado morto quatro dias após contar que era gay | Redes Sociais

Por TNH1 com Fox Denver

Diante da dor de perder um filho de apenas 9 anos, a americana Leia Pierce decidiu transformar seu luto em um alerta contra a homofobia e o bullying sofrido por crianças e adolescentes na fase escolar. O pequeno Jamel Myles foi encontrado morto na última quinta-feira (23), depois de compartilhar  com os coleguinhas de sala de aula que era gay.

Para a mãe, a atitude desesperada foi resultado de abusos e intimidações de colegas da Escola Fundamental Joe Shoemaker, em Denver, após Jamel assumir sua orientação sexual.

Em entrevista a uma TV local, Leia contou que James contou a ela que era gay durante as férias de verão. “Ele parecia tão assustado quando me contou. Eu pensei que ele estava brincando, então olhei para trás, porque estava dirigindo, e ele estava tão assustado. Então disse: “continuo amando você”, contou Leia.

Ainda de acordo com a mãe, o garoto queria muito contar para seus colegas de sala de aula. “Ele foi para a escola e disse que iria contar para as pessoas que era gay porque estava muito orgulhoso”, relembrou Pierce.

As aulas começaram na segunda-feira, quatro dias depois, Jamel foi encontrado morto. “Quatro dias foi tudo o que durou na escola. Eu nem consigo imaginar o que disseram para ele”, lamentou. “Meu filho contou para a minha filha mais velha que as crianças da escola disseram a ele para se matar. É tão triste que ele não tenha me procurado”, acrescentou.

Apesar da dor, Leia tenta alertar as famílias sobre as consequências do bullying e cobra responsabilização dos pais. “Nós devemos ter responsabilidade pelo bullying. As crianças sabem que é errado. As crianças não gostariam de ser tratadas dessa forma”, afirmou Leia. “Eu acho que os pais devem ser punidos porque, obviamente, eles estão ensinando as crianças a agirem assim ou estão as tratando dessa forma”, concluiu.

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