Mães voltam a denunciar falta de estrutura na Maternidade Santa Mônica

Publicado em 10/03/2022, às 09h06
Janaina Mendes teve que comprar seringas e até termômetro | Foto: Reprodução / TV Pajuçara
Janaina Mendes teve que comprar seringas e até termômetro | Foto: Reprodução / TV Pajuçara

Por Redação TNH1

A Maternidade Escola Santa Mônica, única unidade pública de referência para gestantes em risco, voltou a ser denunciada por problemas estruturais. As mães denunciam falta de insumos básicos, problemas nas acomodações, com a disponibilização de cadeiras quebradas para que as mulheres pernoitem enquanto aguardam alta médica dos bebês e na estrutura do prédio, a exemplo de banheiros quebrados e sem manutenção.

Janaina Mendes deu à luz recentemente a um bebê prematuro e conta que precisou comprar seringas e até um termômetro.  "A maternidade está zero. O único setor que está bonitinho é a UTI, mas é maquiado, porque faltam EPIs para os profissionais trabalharem, faltam coisas para os bebês, tipo seringa, que é o mínimo. Eu fiz cesária e só fiquei três dias na cama, depois tive alta e fui para uma cadeira quebrada", relatou.

Em resposta às imagens e vídeos divulgados, a Direção da Maternidade Escola Santa Mônica destaca que está enfrentando um histórico de superlotação de pacientes e mães acompanhantes nas duas últimas  semanas.

Apesar dessa condição, reconhece o direito das mães acompanhantes de estar com seus bebês. No entanto,  não dispõe de espaço suficiente para abrigar as mães dos 52 bebês internos na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal - UTIN e Unidade de Cuidado  Intermediário Neonatal Convencional- UCINCo, ou seja, não tem espaço para hospedar 52 mulheres que já tiveram alta médica;

Devido a este fato, a Maternidade reforça  que prioriza o espaço existente para as mães do interior do Estado e garante as refeições e poltronas ao lado das incubadoras para que as mães que moram na capital possam acompanhar seus bebês durante o dia, por todo o período que o recém-nascido permanecer internado, garantindo ainda o apoio do Banco de Leite e equipe de apoio multiprofissional,  como psicólogas e assistentes sociais.

Além disso, a unidade vem desprendendo esforços da equipe assistencial e administrativa no sentido de abrir novos espaços e que estes estão sendo organizados paralelamente ao aumento acelerado da demanda. Sobre a higienização, o espaço destinado às mães acompanhantes  passa por manutenções frequentes e rotina de higienização tal qual as enfermarias e áreas assistências.

Em relação a orientação de profissionais para compra de seringa, a direção está investigando, pois toda falta de material em virtude de descumprimento da entrega de fornecedores está sendo solucionada através de parceria com a Secretaria de Estado da Saúde - SESAU e outras unidades da Uncisal.

Por todo o explanado a Direção destaca que a presente situação está sendo revista imediatamente pela equipe de infraestrutura no sentido de solucionar as situações expostas e que, em médio prazo, essa condição  será solucionada definitivamente a partir da ampliação da maternidade,  cujo processo está em andamento juntamente com  gestão  majoritária da UNCISAL.

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