O ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribuna Federal), disse nesta quinta-feira (1º) ser "inconcebível que um procurador da República de primeira instância busque investigar atividades desenvolvidas por ministro do Supremo".
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Revelações feitas pela Folha de S.Paulo, em parceria com o site The Intercept Brasil, mostram que procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato, incentivou colegas em Brasília e Curitiba a investigar o ministro Dias Toffoli sigilosamente em 2016, numa época em que o atual presidente do Supremo Tribunal Federal começava a ser visto pela Operação Lava Jato como um adversário disposto a frear seu avanço.
"Isso é incrível", disse Marco Aurélio. Segundo o magistrado, "o problema do Brasil é que não se observa a lei".
Nos diálogos, Dallagnol diz também que "tem uma conversa" e "tem muita especulação" sobre recebimentos cruzados pelas "esposas de Toffoli e [Gilmar] Mendes". E demonstra saber que a Receita Federal estaria vasculhando as contas do escritório de advocacia de Roberta Rangel, mulher do presidente do STF.
O procurador aciona ainda colegas de Brasília para trocar informações sobre Toffoli, mesmo sabendo que caberia à Procuradoria-Geral da República (PGR) investigar magistrados da Suprema Corte, que têm foro privilegiado.
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