A morte trágica de Trigg — filhinho de 3 anos da influencer norte-americana Emilie Kiser com o marido, Brady — ganhou contornos ainda mais tristes após a divulgação de um relatório do Departamento de Polícia de Chandler (CPD), no Arizona, na sexta-feira (8). O menininho morreu em maio deste ano depois de se afogar na piscina de casa.
LEIA TAMBÉM
O documento confirma que Emilie não estava em casa no momento da tragédia, e Brady era o único responsável por cuidar de Trigg e de Theodore, outro filho recém-nascido do casal. Os policiais também registraram inconsistências no depoimento do pai após a morte do pequeno.
Segundo Brady, ele deixou Trigg sem supervisão por cerca de 3 a 5 minutos enquanto cuidava de Theodore, mas evidências registradas em vídeos das câmeras de segurança mostram que o menino ficou no quintal sem nenhum cuidado por mais de 9 minutos, sendo 7 deles já na água lutando para sobreviver.
Só depois desse tempo que Brady aparece na filmagem e percebe a criança na piscina. Ele corre até o local, retira o filho da água e inicia manobras de RCP enquanto chama socorro. O relatório indica que Trigg já estava sem sinais vitais no momento do deslocamento ao hospital.
Outro ponto que indica que a tragédia poderia ter sido evitada, segundo aponta a própria polícia no relatório, foi o fato de Brady ter se distraído com a transmissão de um jogo de playoff da NBA. Registros oficiais mostram que ele fez uma aposta de 25 dólares às 17h14 daquele dia, momento em que o menino já estava se afogando.
Às 17h10, as câmeras mostram Trigg caminhando sozinho em direção à área da piscina; às 17h12, ele cai na água, onde fica até 17h20.
"As declarações de Brady não correspondem ao que é visto no vídeo; ele não descreveu com precisão uma única coisa que Trigg fez depois que foi para o quintal. Isso leva à conclusão de que Brady não estava ciente do que Trigg estava fazendo e não o estava observando. A combinação desses fatores levou ao afogamento, e uma solução para qualquer uma das circunstâncias que contribuíram poderia ter evitado o resultado", concluiu a polícia no relatório.
Também na sexta (8), Emilie Kiser venceu uma batalha judicial para ocultar detalhes considerados perturbadores — por serem descritivos demais — sobre a morte do filho. Ela pediu que um relatório de duas páginas fosse retirado do texto que se tornaria público, o que foi atendido pelo tribunal.
LEIA MAIS
+Lidas