Marinha escolhe novos nomes em tupi para ciclones no Brasil

Publicado em 29/04/2023, às 12h33
Climatempo
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Por Folhapress

A Marinha do Brasil atualizou a lista de nomes de ciclones tropicais e subtropicais que poderão atingir a costa brasileira. A relação, com 32 nomes em tupi-guarani, está em vigor desde 1º de março passado e foi publicada em portaria do Ministério da Defesa e da Diretoria de Hidrografia e Navegação que aprovou a revisão de Normas da Autoridade Marítima para as Atividades de Meteorologia Marítima.

A nomenclatura é para ciclones que possam atingir a Metarea 5, área de responsabilidade do Brasil, perante a OMM (Organização Meteorológica Mundial), para a qual o Serviço Meteorológico Marinho emite avisos de mau tempo e previsões meteorológicas aos navegantes e à comunidade marítima.

De acordo com a organização mundial, a forma pela qual os ciclones são chamados é regida por práticas regionais e locais, mas que, em geral, seguem um padrão.

Além da Marinha, a escolha de nomes em tupi foi decidida em conjunto com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a Força Aérea Brasileira, e o CPTEC (Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Uma atualização é feita ao se atingir o final da relação de nomes anterior.

O último ciclone nomeado pela Marinha foi a tempestade subtropical Yakecan, entre 16 e 19 de maio de 2022, o 16º a atingir a costa brasileira desde o Arani, em 14 de março de 2011, que abriu a lista de nomenclatura anterior, criada a partir do furacão Catarina, que provocou três mortes no Sul do país em 2004.

Inicialmente chamada de ciclone, Yakecan foi reclassificada como tempestade subtropical pela Marinha quando a Defesa Civil Nacional emitiu alerta sobre o fenômeno.

Ambos -tempestade subtropical e ciclone- são sistemas de baixa pressão atmosférica que se movimentam em sentido horário no Hemisfério Sul, mas a magnitude das tempestades é maior.

No mundo, a nomeação de ciclones começou por volta dos anos 1900. Nomes femininos eram adotados para todo tipo de ciclone de forma arbitrária e sem regra. Os nomes masculinos foram inseridos no fim do século 20 e passaram a intercalar com os femininos.

Mais tarde, no mesmo século, meteorologistas decidiram que era hora de melhorar essa classificação e passaram a usar listas em ordem alfabética.

O método facilita não somente a nomeação, m as também a compreensão de quantos outros ciclones ou furacões foram registrados anteriormente naquele mesmo ano. VEJA A LISTA DE NOMES PARA FUTUROS CICLONES:

  • 1 - Akará (Espécie de peixe)
  • 2 - Biguá (Ave marinha)
  • 3 - Caiobá (Habitante da mata)
  • 4 - Endy (Luz do fogo)
  • 5 - Guarani (Guerreiro)
  • 6 - Iguaçú (Rio grande)
  • 7 - Jaci (Lua)
  • 8 - Kaeté (Mata virgem)
  • 9 - Maracá (Instrumento indígena)
  • 10 - Okanga (Madeira)
  • 11 - Poti (Camarão)
  • 12 - Reri (Ostra)
  • 13 - Sumé (Deus da agricultura)
  • 14 - Tupã (Deus do trovão)
  • 15 - Upaba (Lagoa)
  • 16 - Ybatinga (Nuvem)
  • 17 - Aratu (Caranguejo)
  • 18 - Buri (Palmeira)
  • 19 - Caiçara (Cerca)
  • 20 - Esapé (Iluminar)
  • 21 - Guaí (Pássaro)
  • 22 - Itã (Concha)
  • 23 - Juru (Foz)
  • 24 - Katu (Bondade)
  • 25 - Murici (Arbusto do cerrado)
  • 26 - Oryba (Felicidade)
  • 27 - Peri (Planta d'água)
  • 28 - Reia (Realeza)
  • 29 - Samburá (Cesto indígena)
  • 30 - Taubaté (Pedras altas)
  • 31 - Uruana (Tartaruga do mar)
  • 32 - Ytu (Cachoeira)

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