Marta opta por jogar sem patrocínio esportivo e carregar recado em chuteira

Publicado em 14/06/2019, às 10h21
Reprodução / Instagram
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Por Folhapress

Entre muitos torcedores brasileiros, há um entendimento de que um jogador que usa chuteiras pretas é "raiz" e merece respeito. Com a exceção de um símbolo azul e rosa que faz parte de uma campanha pela igualdade de gênero, Marta usou calçados pretos e sem patrocinadores esportivos na última quinta-feira (13), na derrota do Brasil para a Austrália por 3 a 2.

Após a partida, o empresário da camisa 10 confirmou ao UOL Esporte que ela não tem patrocínio de marcas como Nike, Adidas, Puma e demais fornecedoras, porque não houve uma proposta que fosse considerada à altura do que Marta representa para o futebol mundial. Por esse e outros motivos, ela comemorou seu gol de pênalti pedindo por igualdade no esporte.

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#repost @goequal__ ・・・ Nós precisamos de apoio. Mas mais do que apoio, nós precisamos de respeito. E dar valor é a melhor forma de mostrar respeito a alguém. No esporte. Na vida. Por isso a equidade é algo pelo qual todas, todos e todxs devemos lutar. E a hora de agir é AGORA. Faça o gesto de igualdade e poste marcando a nossa hashtag #GoEqual . . . We need support. But more than support, we need respect. And giving value is the best way to show someone respect. In sports. In life. That is why equity is something that we must fight for. And the time to act is NOW. Make the equality gesture and post marking our hashtag #GoEqual . . . Necesitamos apoyo. Pero más que apoyo, necesitamos respeto. Y dar valor es la mejor forma de mostrar respeto a alguien. En el deporte. En la vida. Por eso la equidad es algo por el cual todas, todos y todavia debemos luchar. Y la hora de actuar es AHORA. Hacer el gesto de la igualdad y el post que marca el hashtag #GoEqual

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Essas causas são importantes para Marta, que é embaixadora global da ONU Mulheres. Em abril, por exemplo, o blog Dibradoras publicou que a craque recebe em um ano o equivalente ao que Borja, do Palmeiras, ganha em três meses de trabalho.

A movimentação da atacante pode abrir caminho para as atletas mais novas, bem como a visibilidade recém-conquistada pela Copa do Mundo feminina. Andressinha, por exemplo, revelou que tem recebido algumas propostas em 2019, algo que não ocorreu na última edição do torneio, em 2015.

"Esse ano, teve umas três ou quatro. Isso só para mim, fora as outras que tiveram outras oportunidades. Não é exatamente patrocínio, mas um acordo para você aparecer para fazer uma propaganda para eles. É remunerado, né? E é algo que eu não tinha em 2015" explicou a meio-campista.

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