Um médico de plantão na UPA de Marechal Deodoro, Litoral Sul de Alagoas, registrou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por ameaça e desacato contra o goleiro do Coruripe, Gustavo Pereira, nesse domingo (14). Segundo a denúncia, o jogador teria agredido verbalmente o médico durante atendimento no último fim de semana.
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De acordo com informações colhidas com funcionários da unidade de saúde, que tiveram a identidade preservada pelo TNH1, Gustavo Pereira teria chegado com um amigo ao local e tinha um ferimento no rosto, que sangrava muito. Mesmo machucado, o jogador exigiu que fosse atendido rapidamente, alegando que todos os servidores estariam ali para servi-lo, ainda conforme os relatos das testemunhas.
“Só conseguimos realizar a sutura em seu supercílio após a chegada da polícia, que conseguiu controlá-lo”, contou uma das testemunhas, que estava de plantão. “Ele estava aparentemente embriagado e muito agressivo, falando muitos palavrões e dizendo que quem tinha feito aquilo com ele iria morrer”, acrescentou.
O TCO foi realizado na Central de Flagrantes de Maceió, segundo confirmou ao TNH1 o comandante da 5ª Companhia da Polícia Militar, major Eliezer Lisboa. Ele apurou com os militares da companhia que o jogador desacatou funcionários e até os policiais, mas só o médido decidiu registrar a queixa.
Duas versões
Para o ferimento do jogador, há duas versões divergentes. A primeira, que é de conhecimento da polícia, é de que Gustavo teria ido a um show na Barra de São Miguel onde se envolveu em uma briga. Lá, ele teria sofrido o ferimento e sido socorrido até a UPA.
Ouvido pelo TNH1, o jogador contou outra versão. Ele disse que foi abordado por três ou quatro homens, na porta de casa, em Marechal, quando chegava de carro, e foi rendido. Um dos homens teria tentado ligar o veículo, mas não conseguiu e mandou que Gustavo fizesse isso, o que ele negou.
Nesse momento, os homens o teriam agredido até que ele ficasse desacordado. Um vizinho, ainda segundo o jogador, foi quem o socorreu.
Na UPA, Gustavo disse que encontrou o médico dormindo. Em seguida, disse que foi tratado como “maloqueiro”, até dizer que era jogador de futebol. “Depois, ele me tratou muito bem”, disse, já encerrando a entrevista, por telefone.
O Coruripe se pronunciou por meio da assessoria de imprensa e informou que ouviu a versão do jogador, por telefone, mas o aguarda para o treino, nesta tarde, para esclarecer os fatos. O time também tomou conhecimento informalmente sobre a queixa, mas não teve acesso ao TCO.
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