Apesar de ocorrer em contexto distinto, a megaoperação contra o Comando Vermelho nos Complexos da Penha e do Alemão, no Rio, resultou em mais mortos que o Massacre do Carandiru, de 1992.
O massacre no presídio paulista deixou 111 mortos, enquanto a ação dessa terça-feira registrou pelo menos 132 mortes, incluindo quatro policiais, dois militares e dois civis, segundo o MPRJ.
A operação faz parte da Operação Contenção, que mobilizou cerca de 2.500 agentes para cumprir 100 mandados de prisão e conter o avanço do tráfico nos territórios do estado.
Moradores do Complexo da Penha levaram pelo menos 64 corpos à Praça São Lucas, enquanto a Secretaria de Segurança informou que perícia vai apurar a relação das mortes com a ação policial.
Apesar de ter ocorrido em uma situação distinta, a megaoperação policial deflagrada contra o Comando Vermelho (CV) nos Complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (29), soma mais mortos que o massacre do Carandiru, ocorrido em 1992.
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Com 111 mortos, a chacina no presídio em São Paulo foi considerada por três décadas a maior chacina em uma ação policial na história do país. De acordo com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), na megaoperação dessa terça, pelo menos 132 pessoas morreram, entre elas quatro policiais, dois militares e dois civis.
Enquanto a operação no Carandiru foi motivada por uma rebelião interna na Casa de Detenção de São Paulo, a ação no RJ integra a Operação Contenção, para conter o avanço do Comando Vermelho em territórios do estado. Ao menos 2.500 agentes de diferentes forças de segurança foram mobilizados para cumprir cerca de 100 mandados de prisão.
A madrugada desta quarta-feira (29) começou com moradores do Complexo da Penha, no Rio de Janeiro, levando pelo menos 64 corpos até a Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, uma das vias mais movimentadas da região.
A Secretaria da Segurança do Rio informou que uma perícia vai determinar se as mortes têm relação com a megaoperação. Os corpos estariam até então na mata da Vacaria, na Serra da Misericórdia, área que concentrou os intensos tiroteios entre policiais e traficantes. Moradores afirmam que ainda restam mortos no alto do morro.
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