Menina indígena internada com raiva humana morre em Belo Horizonte

Publicado em 03/05/2022, às 11h05
Este é o terceiro caso da doença confirmado no estado. Nenhum paciente sobreviveu | Foto: Divulgação/Fheming
Este é o terceiro caso da doença confirmado no estado. Nenhum paciente sobreviveu | Foto: Divulgação/Fheming

Por Correio Braziliense

A menina indígena diagnosticada com raiva humana morreu na última sexta-feira (29/04). Ela estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital João Paulo II, no Centro de Belo Horizonte, desde o início do mês de abril.

O caso da menina, de 12 anos, foi passado à Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) no dia 5 de abril, quando ela fez os exames para diagnóstico da raiva. No dia 19, o diagnóstico foi confirmado.

Zelilton Maxacali, também de 12 anos, foi diagnosticado com a doença e morreu no dia 4 de abril. As vítimas viviam em uma aldeia indígena, em uma comunidade rural na cidade de Bertópolis, no Vale do Mucuri e, segundo os registros da SES, foram mordidos pelo mesmo morcego.

A SES também investigou a morte de uma criança, de 5 anos, que morava na mesma aldeia. Mesmo sem apresentar sintomas, a criança, que morreu no dia 17 de abril, também foi diagnosticada com a doença. 

Dos três casos confirmados de raiva humana em Minas, nenhum paciente sobreviveu.

Outro caso? - Um outro caso está sendo investigado pela secretaria. Uma menina, de 11 anos, apresentou sintomas como febre e dor de cabeça e, devido ao parentesco com os outros casos confirmados, ela foi encaminhada para o hospital e passou por exames. A criança segue internada em leito clínico, estável e em observação.

Medidas - A Secretaria de Estado de Saúde informou que novas doses de vacina antirrábica humana foram enviadas para a região no domingo (24/04).

O soro antirrábico humano para a população exposta e vacina antirrábica animal para cães e gatos da região também foram enviados.

A secretaria orienta que em caso de qualquer incidente com mamíferos silvestres ou domésticos, sobretudo morcegos, cães e gatos, é importante procurar a unidade de saúde mais próxima para avaliação da necessidade de adoção de medidas profiláticas, como administração de vacina e soro.

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