MG: bombeiros confirmam 23 desaparecidos

Publicado em 07/11/2015, às 13h32
Imagem MG: bombeiros confirmam 23 desaparecidos

Por Redação

Distrito de Mariana foi arrasado pela lama (Crédito: Record Minas)

Distrito de Mariana foi arrasado pela lama (Crédito: Record Minas)

O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais atualizou no fim da manhã deste sábado (7) o número de desaparecidos no rompimento de duas barragens da Samarco em Mariana, na região central de Minas. 

Além dos 13 trabalhadores da Samarco, controlada pela Vale, que já tinham sido divulgados pela mineradora, agora os militares apontam que dez moradores do distrito de Bento Rodrigues estão entre as vítimas - as chances de sobrevivência, dois dias depois da tragédia, são mínimas. 

A corporação chegou ao número depois de entrevistar as famílias sobreviventes que foram levadas para o ginásio de esportes de Mariana e hotéis da cidade. Também houve a conferência dos nomes de atendidos nos hospitais da região e o cruzamento de relatos de famílias que ainda não encontraram os parentes.

Mariana: veja vídeos da tragédia postados no Youtube

A confirmação de dez moradores desaparecidos só acontece no sábado (7) porque as equipes ainda resgatam comunidades ilhadas pelos rejeitos da mineração, misturados com lama, que ficaram em distritos de difícil acesso. 

É esperado para este sábado que a Samarco finalmente divulgue a lista com os nomes dos 13 funcionários - um do quadro regular e 12 terceirizados - que foram soterrados pelos rejeitos. Em coletiva prevista para as 15h, em Mariana, as autoridades municipais devem atualizar a situação encontrada após dois dias de buscas. 

Em comunicado neste sábado (7), o Corpo de Bombeiros explicou que com a sedimentação da lama finalmente foi possível acessar a área mais devastada de Bento Rodrigues. O local foi mapeado com a ajuda de moradores e geólogos e dividido em quadrantes de 30 metros. Com a ajuda de tratores e enxadas, 40 militares do Batalhão de Emergências Ambientais e Respostas a Desastres tentam abrir caminho. Foram arrasadas 128 casas do distrito. Eles relataram que há vários animais atolados no distrito. Pelo menos três cães já foram retirados dos escombros. 

O promotor do Ministério Público Carlos Eduardo Ferreira Pinto classificou a tragédia como "maior dano ambiental da história de Minas".



Fonte: R7


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