Após mais uma assembleia, realizada na tarde desta segunda-feira (07), os militares rejeitaram a nova proposta do governo, de reajuste de 12% parcelados até 2022. Policiais e bombeiros se reuniram em frente ao Palácio República dos Palmares, no Centro de Maceió, e recusaram a oferta, reiterando que aceitam conversar em caso de nova proposta que divida o reajuste do salário em dois anos.
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De acordo com a última proposta, o Estado aceitaria pagar os 12%, com 5% em 2019, outros 5% em 2020, 1% em 2021 e o outro 1% em 2022. Porém, os militares disseram não, como já aconteceu em outras ocasiões, e negociam pelo pagamento do percentual em duas vezes, sendo 6% em 2019 e os outros 6% em 2020.
“É revoltante a postura do governo, que de nenhuma forma pensa em ser flexível. Esperar quatro anos para ter o reajuste de 1%? A tropa está extremamente desmotivada, o governo não tem reconhecido os nossos esforços. Nossa vontade é fazer o melhor nas ruas, mas dessa forma fica difícil estarmos motivados. Continuamos agindo dentro da legalidade”, disse a coronel Camila Paiva, presidente da Associação dos Bombeiros Militares.
Ainda segundo ela, houve uma redução no número de ações realizadas pelos militares. "Abordagens, flagrantes, apreensões, prisões, tudo isso diminuiu. Nós estamos agindo dentro da lei, mas infelizmente é questão de tempo para aumentar os casos de criminalidade".
A assembleia, de acordo com a coronel, contou com cerca de 2 mil pessoas, entre militares da capital e de municípios do interior que vieram em ônibus para Maceió.
A Secretaria de Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) emitiu uma nota, no fim da tarde de hoje, e afirma que tem procurado resolver a situação, mas respeita as possibilidades financeiras do Estado. Além disso, a Seplag informou que lamenta a recusa dos militares e que não se nega em ter uma nova conversa com a categoria.
Confira a nota na íntegra:
O Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), tem procurado resolver todos os pleitos das associações militares alagoanas, respeitando as possibilidades financeiras do Estado.
Além de lamentar a decisão de recusar a proposta dada pelo governo e esclarecer que a Mesa de Negociação continua sendo o canal de diálogo com os servidores públicos estaduais, a Seplag reforça que está aberta para receber e conversar com todas as partes que trabalham pelo bom andamento da máquina pública.
A pasta ressalta ainda que não se nega a receber a categoria, uma vez que a Mesa de Negociação é o instrumento pelo qual o Estado se utiliza para discutir, em comum acordo, todas as tratativas que envolvam o funcionalismo público estadual.
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