Moradores do Conjunto Jarbas Oiticica, em Rio Largo, relataram agressões por parte da Polícia Rodoviária Federal durante protestos contra a falta de água, resultando em ferimentos em manifestantes e um entregador de água.
Imagens mostram policiais utilizando cassetetes, enquanto testemunhas afirmam que a violência foi injustificada, com um entregador sendo atacado ao tentar entregar galões de água aos manifestantes.
A PRF justificou a ação alegando que os manifestantes ameaçaram apedrejar e queimar uma viatura, levando ao uso de força para dispersar a multidão.
Moradores do Conjunto Jarbas Oiticica, em Rio Largo, registraram denúncias na Central de Flagrantes na terça-feira (16), afirmando que parte dos manifestantes que protestavam contra a falta de água na região foi agredida por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
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Imagens enviadas à TV Pajuçara mostram policiais utilizando cassetetes contra os manifestantes, que realizaram atos na segunda-feira (15) e terça-feira (16). Assista abaixo:
Entre os agredidos está um entregador de água, que foi realizar a entrega de galões aos manifestantes e afirma ter sido atacado sem motivo, apresentando ferimentos no braço, perna e tornozelo.
"Só vi o povo correndo e já recebi as pancadas. Estou com a perna machucada e não sei quando volto para trabalhar. Eu não tinha nada a ver [com o protesto]", relatou.
Uma mulher que presenciou a suposta agressão ao entregador também afirma ter sido atingida ao tentar defendê-lo:
"Quando ele chegou com os galões, a polícia veio pelas costas e bateu muito nele. Eu disse: 'Pelo amor de Deus, ele só veio entregar as águas'. Um agente bateu nele e outro veio me agredir."
Em nota (leia abaixo), a PRF informou que os manifestantes teriam ameaçado apedrejar e queimar uma viatura e que, diante disso, foi feito o uso de menor potencial ofensivo para dispersar as pessoas.
Nesta terça (16/12/2025), a PRF foi acionada pela segunda vez em menos de 24hrs para verificar o bloqueio no km 87 da BR 104, Conjunto Antônio Lins, localizado em Rio Largo, quando manifestantes ameaçaram apedrejar e queimar a viatura.
Diante dessa ameaça, e considerando que os agentes da PRF estavam trabalhando com efetivo reduzido, foi necessário o uso de instrumento de menor potencial ofensivo para afastar manifestantes que faziam ato ilegal na rodovia, ateando fogo e bloqueando a via, com o objetivo de restabelecer a fluidez do tráfego e a ordem pública.
Após a ação da PRF, a via foi liberada e a população pode usufruir de seu direito constitucional de ir e vir.
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