Ornella Vanoni, icônica cantora italiana, faleceu aos 91 anos em sua casa em Milão devido a uma parada cardíaca, encerrando uma carreira de sete décadas marcada por sua voz e presença marcante.
Reconhecida por sucessos como 'Senza Fine' e 'La Musica È Finita', Vanoni também se destacou por seu humor e sinceridade em entrevistas, frequentemente discutindo sua própria mortalidade e planos para seu funeral.
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, expressou suas condolências nas redes sociais, destacando a perda de uma artista única e a herança cultural que ela deixa para a Itália.
Morreu na noite desta sexta-feira (21) a diva da música italiana Ornella Vanoni, aos 91 anos. Segundo o jornal La Stampa, ela estava em sua casa em Milão, cidade onde nasceu, quando sofreu uma parada cardíaca.
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Voz de canções como "Senza Fine", "L'Appuntamento", "Io ti Darò di Più", "Eternità" e "La Musica È Finita", Vanoni teve uma carreira que se estendeu por sete décadas. Chamava a atenção não só pela voz, mas também pela elegância e a sensualidade.
Também era conhecida pela rapidez e o sarcasmo em entrevistas e outras aparições públicas. Recentemente, falava com frequência sobre a morte, e dizia que já tinha planos para seu funeral, quando deveria ser vestida com um Dior. Esperava ainda que Milão lhe dedicasse ao menos um canteiro de flores.
"Que irritante, essa coisa de morrer justamente quando você entende a vida", disse ela ao La Stampa no ano passado.
Vanoni começou a carreira como atriz de teatro e só depois migrou para a música. No Festival de Sanremo, dedicado à música popular italiana, a atriz consolidou seu nome, arrematando o segundo lugar da competição em 1968, com "Casa Bianca", e o quarto lugar nos anos de 1967, 1970 e 1999.
Em 1976, a artista lançou ao lado de Toquinho e Vinicius de Moraes um de seus álbuns mais celebrados, "La Voglia, la Pazzia, l'Incoscienza, l'Allegria", um disco de bossa nova cantado em italiano, marcado por parcerias com outros dos maiores nomes da música brasileira.
Tom Jobim, Chico Buarque, Paulinho da Viola e Baden Powell participaram de faixas do álbum, que seria eleito pela Rolling Stone um dos cem maiores da música italiana.
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, lamentou a morte nas redes sociais. "A Itália perde uma artista única que nos deixa uma herança artística inigualável", escreveu.
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