Morte de Gabriel Lincoln: reconstituição da abordagem da PM será realizada nesta terça (15)

Publicado em 15/07/2025, às 11h18
Arquivo Pessoal
Arquivo Pessoal

Por Redação

O inquérito policial que investiga a morte do adolescente Gabriel Lincoln Pereira da Silva, de 16 anos, deve avançar nesta terça-feira (15) com a realização da reprodução simulada da abordagem da Polícia Militar no município de Palmeira dos Índios, no Agreste de Alagoas.

Peritos criminais, testemunhas, delegados da Polícia Civil e representantes do Ministério Público do Estado vão acompanhar a reconstituição no mesmo local e horário da morte de Gabriel Lincoln. A expectativa é de que o procedimento comece por volta das 20h.

A reprodução simulada foi um pedido da família do jovem, representada pelo advogado Gilmar Torres, como o objetivo de dar às autoridades mais elementos para desqualificar a versão apresentada pela polícia, de que o adolescente estaria armado e teria reagido à abordagem.

Gabriel Lincoln foi baleado ao passar de moto por uma avenida no dia 3 de maio e não resistiu aos ferimentos. Um revólver de calibre 38 foi apreendido, mas os familiares da vítima negaram o envolvimento dele com crimes, assim como declararam que ele nunca manuseou uma arma. A versão da defesa é que o instrumento foi plantado pelos policiais. Protestos de familiares e amigos da vítima foram realizados nas ruas e nas redes sociais.

As versões

  • Versão da Polícia Militar: Gabriel desobedeceu a uma ordem de parada durante uma ronda e, segundo os agentes, disparou contra os policiais, que revidaram.
  • Versão da família: Gabriel não andava armado e teria se assustado com a presença dos policiais. Os familiares questionam a conduta dos PMs envolvidos.

Exame balístico

  • O Instituto de Criminalística de Alagoas concluiu, no exame balístico, que a arma estava em perfeito estado de funcionamento e que um disparo foi efetuado.
  • Apesar da constatação, a autoria e o momento exato do tiro não foram esclarecidos.

Comissão de delegados

  • A Delegacia Geral da Polícia Civil de Alagoas criou uma comissão para investigar a morte do garoto. As investigações estão sendo conduzidas e acompanhadas pelos delegados Sidney Tenório (diretor da Polícia Judiciária 1), Alexandre Leite (diretor da Polícia Judiciária 3) e João Paulo Tenório (coordenador da delegacia da 5ª Região).

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