Brasil

Morte de irmãos em incêndio na região metropolitana de Fortaleza será investigado

05/06/18 - 09h58
Reprodução / Redes Sociais

Aproximadamente três minutos. Esse é o tempo médio entre o início de um incêndio e o seu ápice. Foi devido a essa rapidez que, supostamente, os irmãos Antônio Juan, 5, Maria Estela, 6, e Maria Eloá, 2, não conseguiram ser socorridos a tempo e morreram. A tragédia aconteceu ontem, no quarto onde eles dormiam, na casa de três cômodos, em Itaitinga (Região Metropolitana de Fortaleza). Um ventilador, de acordo com relato da mãe das crianças, Elizângela Gonçalves, pode ter sido o causador do incêndio.

Ainda há muito a ser apurado. O Conselho Tutelar deve entrevistar  mais parentes e vizinhos. Equipes da Perícia Forense tentarão identificar, através de vestígios, as causas do incêndio. “Acordei com as crianças chamando. Saí na rua, vi o fogo alto já e fiquei gritando por ajuda. O Corpo de Bombeiros mesmo demorou muito a chegar. Foram mais de dez ligações.

Os vizinhos que ajudaram a apagar o fogo com balde d’água”, conta Raniele Gonçalves, tia das crianças. Conforme a capitã do Corpo de Bombeiros, Julianny Freire, quando o fogo foi debelado, apenas os corpos das meninas foram localizados. O corpo do menino foi encontrado posteriormente, sob os escombros. “O fogo se alastrou muito rápido, em cerca de três minutos, e desestruturou tudo, o teto caiu inteiro”. As crianças, ela detalha, provavelmente inalaram fumaça e ficaram inconscientes antes de serem carbonizadas.  

Conselheiro tutelar que atendeu a ocorrência, Miguel Bessa disse que os pais teriam ido com as crianças à residência de uma vizinha. 

“Conforme essa vizinha, os meninos adormeceram, por volta das 2 horas, e eles foram deixá-los em casa. Quando retornaram para pegar a bicicleta, as pessoas já vieram gritando”. A família afirmou que, no momento do incêndio, um tio estava dormindo na casa com as crianças. “Ele não ouviu nenhum barulho, nem do teto caindo.  

Amanhã (hoje) vamos tentar nos certificar de que ele realmente estava lá”.