Publicado em 26/09/2025, às 07h15
O motorista que matou o ciclista Erik Maximiano da Silva, de 52 anos, na Barra de São Miguel, no último sábado (20), se apresentou à polícia quatro dias depois do atropelamento e alegou que não socorreu a vítima por acreditar que ela já estava morta. O condutor, que não comunicou o caso às autoridades, também não estava com carteira de habilitação e deve responder por homicídio culposo, por não ter prestado assistência ao homem atingido e por não ter permissão para dirigir, além de omissão de socorro.
LEIA TAMBÉM
Em depoimento, o motorista disse que passava pela AL-101 Sul, nas proximidades do viaduto de acesso a Barra de São Miguel, quando atingiu a parte de trás da bicicleta. Ele contou que Erik estava no acostamento, no mesmo sentido, mas depois fez uma manobra para entrar na faixa dele, na rodovia, momento em que não conseguiu frear a tempo de evitar a colisão.
A versão do motorista também mostrou que Erik, que trabalhava como professor em Campo Alegre, foi arremessado a uma distância de 20 metros e caiu numa área verde. O carro, como o próprio condutor explicou para a delegada Liana Franca, estava com a velocidade de 90 quilômetros por hora.

O motorista destacou que desceu do veículo para observar a situação de Erik e acreditou que ele estava morto, pois viu sangue na cabeça dele, através do capacete. Ele disse que teve medo de ser linchado pela população e deixou o local para se proteger. No entanto, o homem não informou para nenhuma autoridade sobre o que aconteceu naquela manhã de sábado.
Após depoimento, o motorista, que reside em Limoeiro de Anadia e trabalha para uma empresa de polpas de fruta, deixou a delegacia acompanhado do advogado e vai aguardar o andamento da investigação, por enquanto, em liberdade.
A Polícia Civil pediu ao Instituto de Criminalística o laudo da perícia no local do atropelamento para dar andamento ao inquérito. Assim que concluído, ele será encaminhado à Justiça e o homem deve responder por homicídio culposo e omissão de socorro.
LEIA MAIS
+Lidas