MP aciona Polícia Civil para investigar suposto golpe imobiliário de R$ 50 milhões em Arapiraca

Publicado em 28/11/2025, às 16h06
Foto: Reprodução/MP-AL
Foto: Reprodução/MP-AL

Por TNH1 com informações do MP-AL

O Ministério Público de Alagoas solicitou a abertura de um inquérito para investigar um suposto esquema de estelionato envolvendo sócios de uma incorporadora em Arapiraca, com prejuízos estimados em mais de R$ 50 milhões. As denúncias indicam que os administradores teriam vendido o mesmo imóvel para múltiplos compradores, configurando fraude.

Além das vendas fraudulentas, consumidores relataram que os investigados captaram recursos para projetos imobiliários sem devolver os valores nos prazos acordados. O promotor Thiago Chacon destacou a gravidade dos fatos e o número de vítimas afetadas.

O MPAL pediu a nomeação de uma comissão especial para conduzir a investigação e recomendou à Polícia Civil a adoção de medidas cautelares urgentes para evitar a fuga dos investigados e a ocultação de patrimônio. A polícia foi orientada a agir rapidamente para prevenir prejuízos adicionais e pode contar com suporte de outras delegacias especializadas.

Resumo gerado por IA

O Ministério Público de Alagoas (MPAL) solicitou à Polícia Civil a abertura urgente de um inquérito para apurar denúncias de um suposto esquema de estelionato envolvendo os sócios de uma incorporadora em Arapiraca, no Agreste alagoano. As acusações apontam para prejuízos que já somariam mais de R$ 50 milhões, segundo relatos apresentados à 1ª Promotoria de Justiça do município.

O ofício foi encaminhado ao delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas, Gustavo Xavier, e ao delegado regional da 4ª Delegacia, Edberg Sobral. As denúncias indicam que os administradores da incorporadora, pai e filho, figuras conhecidas no setor da construção civil local, teriam comercializado um mesmo imóvel para até quatro compradores diferentes, prática que configura fraude. 

Além das vendas múltiplas, consumidores afirmam que os investigados teriam captado recursos sob a justificativa de investimentos em projetos imobiliários, mas não efetuaram a devolução dos valores nos prazos acordados.

O promotor de Justiça Thiago Chacon, responsável pelo procedimento instaurado, afirmou que o MPAL está atuando para resguardar os direitos das vítimas.

“Recebemos relatos de que negócios fraudulentos estariam sendo realizados pela empresa, com consumidores sendo ludibriados. Diante da gravidade dos fatos e da quantidade de pessoas afetadas, determinamos a abertura da investigação para esclarecer a materialidade e a autoria das condutas”, destacou.

Ao delegado-geral, Chacon solicitou, se possível, a nomeação de uma comissão especial de delegados e servidores para conduzir uma investigação aprofundada, dada a complexidade do caso e o número de vítimas. Já ao delegado regional, o promotor pediu a instauração imediata do inquérito e a adoção de medidas cautelares necessárias.

O MPAL também manifestou preocupação com um possível risco de fuga dos investigados, além da eventual ocultação ou dilapidação de patrimônio. Por isso, recomendou que a Polícia Civil adote, com a máxima urgência, providências para evitar prejuízos adicionais, podendo inclusive acionar outras delegacias especializadas para prestar suporte às investigações.

Ao TNH1, a Polícia Civil de Alagoas confirmou que já iniciou as investigações. 

A reportagem não consegui contato com a defesa dos empresário citados, e o espaço segue aberto para posicionamento.  

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