Após tomar conhecimento do vídeo gravado no dia de ontem, em que um adolescente aparece sendo arrastado pelo segurança de uma rede de supermercados no Stella Maris, em Maceió, após, supostamente, tentar furtar um produto de higiene pessoal, a promotora de Justiça Dalva Tenório irá solicitar, na manhã desta sexta-feira (15), abertura de inquérito à Polícia Civil.
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Ela vai enviar o ofício à Delegacia da Criança e do Adolescente ainda na manhã de hoje, com pedido que será reforçado pelo Conselho Tutelar da região, que também tomou conhecimento do caso.
"Vou pedir que seja iniciada a investigação por parte da autoridade competente. No documento, peço que sejam chamados o segurança que aparece nas imagens, a diretoria do supermercado e a vítima. Também será necessária a presença de testemunhas, haja vista que foram algumas delas que fizeram as filmagens", explicou Dalva Tenório.
A promotora pede que qualquer pessoa que tenha presenciado o fato, se dirija ao prédio das Promotorias da Capital, localizado no Barro Duro, próximo ao Fórum da Justiça Estadual, e a procure.
"O Ministério Público também vai ter que ouvir todo mundo envolvido nesse caso. Se o adolescente foi flagrado cometendo um ato infracional, ele deveria ter sido apreendido e encaminhado à delegacia competente através do Conselho Tutelar. A agressão cometida contra ele foi um absurdo. Esse não é o caminho da ressocialização", completou a promotora.
A 59ª Promotoria de Justiça Criminal, de onde Dalva Tenório é titular, tem atribuição para atuar em crimes contra crianças, adolescentes, idosos e em crimes de trânsito, de Lei Seca e homicídios culposos.
Conselho tutelar
O conselho tutelar da região, que inclui o bairro onde o fato ocorreu, reuniu os conselheiros nesta sexta (15) para irem até a delegacia especializada e, em seguida, ao supermercado, com o intuito de tentar localizar a criança e saber se houve algum tipo de ocorrência registrada.
“Esse garoto parecia estar em situação de rua e muito fragilizado”, afirmou o conselheiro Fábio Rogério, que acompanha o caso de perto.
O outro lado
A empresa Preserve, de segurança patrimonial, da qual o segurança é funcionário, foi procurada pelo TNH1 e confirmou ter tomado conhecimento do caso, porém preferiu não se pronunciar.
O supermercado onde teria ocorrido o fato também foi procurado e deve se pronunciar por meio de nota.
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