'Nem parto chega perto da dor', diz mulher que caiu sobre planta venenosa na Austrália

Publicado em 30/03/2023, às 16h47
Foto: Reprodução
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Por Extra Online

Em junho de 2022, a australiana Naomi Lewis pedalava em Smithfield, próximo à sua casa, quando, ao descer da bicicleta, escorregou em um barranco e caiu sobre uma árvore espinhosa. Nove meses depois, a mulher de 42 anos relatou à imprensa local aquilo que considerou “100% a pior dor de todas”, e que até hoje dá sinais em seu corpo.

As dores nas pernas sentidas por Lewis foram descritas como a sensação de pegar fogo. A árvore venenosa na qual ela encostou é conhecida como “planta suicida”, ou “Gympie-Gympie”, e produz uma toxina semelhante à produzida por uma picada de aranha.

Segundo a australiana, a dor excruciante é além do suportável. Quando atingiu seu limite, começou a vomitar. Mãe de quatro filhos, ela diz que, mesmo tendo passado por três cesáreas e um parto natural, “nenhuma dor chega perto” do que sentiu ao ter contato com a planta venenosa.

O marido de Lewis a levou, na época, a uma farmácia próxima. Lá, compraram cera para remover os pelos finos das folhas e caules da árvore que ficaram incrustados na pele e injetavam veneno como minúsculas agulhas hipodérmicas.

A mulher foi levada para a emergência, e, ao chegar, descobriu que havia pouca coisa que os médicos pudessem fazer para aliviar as dores. Eles cobriram as pernas dela com cobertores aquecidos para que ela se sentisse um pouco melhor.

Depois disso, ela foi transferida para um hospital privado da região, e ficou internada por sete dias sob tratamento com analgésicos. Lewis conta que “viveu com compressas térmicas amarradas nas pernas por muito tempo”, mesmo após ir para casa.

A australiana só conseguiu parar com a medicação em dezembro, próximo do Natal. Mesmo assim, ainda hoje, ela diz sentir um pouco de dor em parte das pernas quando a pele é exposta ao ar condicionado, por exemplo.

Avisos de segurança - A Emergency Medicine Australasia analisou casos de 48 pessoas que se apresentaram no pronto-socorro do Cairns Hospital após contato com uma árvore urticante do gênero Dendrocnide entre 2016 e 2019. Mais da metade dos casos ocorreu em visitantes de Cairns.

Crystal Cascades, uma piscina natural de Cairns, foi responsável por 42% dos incidentes. Embora a pesquisa tenha descoberto que um encontro próximo com a árvore resultava em “dor intensa e imediata”, não havia conhecimento de primeiros socorros claros ou tratamento definitivo, além do alívio da dor.

Segundo o portal australiano ABCNews, uma Árvore Picante Gigante juvenil (ou Dendrocnide excelsa) chegou a ser colocada em uma gaiola de metal com três pernas cobertas por fita adesiva vermelha e branca.

Os pacientes tentaram inúmeras “terapias pré-hospitalares” antes de ir para a emergência. Os métodos incluem depilação, aplicação de lama, urina, gelo, bicarbonato, água quente ou fria na picada, uso de paracetamol, uso de torniquete no membro afetado e ingestão de álcool.

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