Alagoas

No Baixo São Francisco, já choveu 90% do que é esperado para maio; veja cidades com maior acumulado de água

João Victor Souza | 08/05/24 - 09h32
Penedo foi uma das cidades com maior acumulado de chuva | Divulgação/Penedo

As chuvas que caíram em Alagoas, principalmente no leste do Estado, entre a tarde de segunda-feira (6) e o final da noite de terça-feira (7) causaram um grande acumulado de água, com solos encharcados, ruas alagadas e deslizamento de barreiras. A região do Baixo São Francisco foi a mais atingida pelo tempo chuvoso e registrou 90% da chuva que era esperada para todo o mês de maio. As informações são da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hírdricos de Alagoas (Semarh-AL).

A média para a região ribeirinha é de 227mm (milímetros), durante os 31 dias do mês, porém entre segunda e terça a chuva observada foi de 204mm. O município de Penedo foi o mais atingido pelas fortes chuvas, com 92mm registrados no dia 6 e 132mm na data seguinte.

O Litoral registrou 57% de chuva esperada para o mês. Foram 148mm nos dois dias e a média é de 260mm. Já em Maceió, o último registro foi de 43%, com 127mm de 294mm esperados. Veja abaixo a tabela:

O boletim pluviométrico da Semarh também mostrou a contabilização dos milímetros de chuva por cidades. Os municípios de Jequiá da Praia, Penedo e Roteiro foram os que mais apresentaram volume de água, acima dos 200 mm. Foram 271mm em Jequiá, 224mm em Penedo, e 204mm em Roteiro.

Na sequência, aparecem os municípios de Barra de São Miguel (198 mm), Maceió (182 mm), Piaçabuçu (181 mm) Coruripe (179 mm) e Igreja Nova (173 mm).

Nível de rios começa a estabilizar - A Semarh divulgou um novo boletim que mostra que o nível dos principais rios do estado começou a estabilizar. No entanto, ainda permanece o alerta em razão da elevação decorrente do volume de chuva nos últimos dias, em especial na região Sul do estado.

De acordo com o documento, os rios Coruripe, Piauí e Canduípe seguem em elevação. Eles são o foco da secretaria pela situação dos temporais, após chover cerca de 200 mm em 24h nas cidades banhadas pelas águas. Contudo, a tendência de estabilização e da diminuição dos respectivos níveis.

A situação é parecida com os riachos litorâneos em Maceió, como o Jacarecica e o Silva, que já estabilizaram e apresentam a propensão de diminuição. Outra preocupação da secretaria era com a Laguna Manguaba, que estava a apenas 60 cm abaixo da cota de transbordamento. A Semarh atualizou a situação da laguna - localizada entre Marechal Deodoro e Guaxuma - e divulgou que que a tendência é que ela não atinja a cota. Em Pilar, o nível já diminui lentamente.

Confira, abaixo, a situação de alguns rios, riachos e lagunas que estão sob o radar da Semarh:

  • Rio Coruripe: elevado, com tendência de estabilização e de diminuição do nível;
  • Rio Piauí: elevado, com tendência de estabilização e de diminuição do nível;
  • Rio Canduípe: elevado, com tendência de estabilização e de diminuição do nível;
  • Rio Jequiá: elevado e com escoamento lento para o oceano, devido a influência da maré;
  • Rio Jacarecica: estabilizado e com tendência de diminuição de nível;
  • Rio Silva: estabilizado e com tendência de diminuição de nível;
  • Rio São Miguel: na noite de segunda (6), o rio atingiu o nível máximo de 343 cm. Com a redução das chuvas, o Rio São Miguel estabilizou e começa a diminuir o nível lentamente;
  • Rio Mundaú: nível dentro da normalidade, com cotas abaixo das cotas de atenção;
  • Rio Paraíba: nível dentro da normalidade, com cotas abaixo das cotas de atenção;
  • Rio Jacuípe: nível dentro da normalidade, com cotas abaixo das cotas de atenção;
  • Laguna Manguaba: elevado, mas com variação de nível já regida pela maré. A tendência é de estabilização sem atingir a cota de transbordamento.